quarta-feira, março 14, 2007

Propaganda

Tenho tentado levar as pessoas a perceberem certas realidades (novas). Enfim... Hoje li Edson Atayde no DN local a dizer coisas que não são novidade. Os estudiosos de marketing político andam neste momento à procura de procedimentos novos e de métodos de propaganda política durante as campanhas na medida em que os modelos tradicionais, a agressividade, a banalização da mensagem e o recurso fastidioso a cartazes puramente fotogénicos, se esgotou: “Os cartazes, os discursos, o tempo de antena, todo o material de propaganda política, não têm, necessariamente, grande impacto junto aos eleitores. A opinião é do criativo publicitário, Edson Athayde, que defende que, em Portugal, as opções de voto resultam, sobretudo, da fidelidade dos eleitores a um partido. "Quanto mais atenção um partido der, mais estará a ajudar a promover a peça de campanha adversária. É errado responder, contra-atacar e dar tempo de antena ao outro partido. Esta não é a melhor opção". "Em campanha política não há certezas. Não existe uma lógica que funciona a 100%. Há opções que, se calhar, funcionaram para um partido, mas que em determinados contextos, em determinados momentos, poderão não funcionar para outros".
Fracamente não tenho comentários a fazer. Apenas subscrever estes conceitos, embora insistindo numa questão importante: tudo isto não impede, nunca, que os partidos apostem nas campanhas eleitorais, mas devem estar cada vez mais certos que uma grande margem do eleitorado votante, que alguns estudiosos estimam, em 70 a 75% do total, têm as suas opções tomadas, incluindo a abstenção. Ou seja, há apenas 25 a 30% de eleitores que flutuam em função de conjunturas, do grau de persuasão dos partidos e das propostas apresentadas. Numa realidade eleitoral equilibrada, são estes 25 a 30% de eleitores que influenciam as vitórias. Até ao momento, os resultados eleitorais na Madeira têm mostrado isso mesmo. Até ver...

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