Intratável?
Diz a imprensa nacional de hoje, que “o momento foi previamente anunciado e Santana Lopes não desiludiu. Ontem, no fim da reunião do grupo parlamentar do PSD, o ex-presidente do partido voltou a falar de “diferenças insanáveis” em relação à liderança de Marques Mendes, fez uma elucubração à volta das águas em que ambos navegam, reabrindo a possibilidade de um novo partido estar à vista. E rematou com uma directa a Pacheco Pereira, que, na véspera, o desafiara a aliar-se a Paulo Portas para formar um novo partido”. Santana – de quem nunca fui apoiante., porque não tenho por hábito na política apoiar o superficial e o supérfulo – disse que ia andar por aí. E andou sempre, ora mais, ora menos “distante”, mas sempre a andar por aí. Tal como Portas. Um e outro cultivam a ambição da liderança, o protagonismo, a vaidade de estarem todos os dias nos jornais. Não conseguem lidar com o ostracismo, com o “esquecimento” a que são votados. Com a falta das luzes da ribalta. Precisam, de um palco. Precisam de ser convidados para almoços, jantares, inaugurações, para as mediocridades do social ”jet-set”, precisam de aparecer, de ser vistos, de ser adulados. Não vejo, sinceramente, que o PSD possa resistir ao advento de um Congresso, em grande medida empurrado pela irreversível eleição de Portas, e pela evidência de uma estratégia social-democrata de oposição que está longe de dar frutos, de mostrar determinação, de ter receptividade junto do eleitorado. Há uma excessiva mania da postura de Estado, do politicamente correcto. Na oposição, e no actual cenário político e parlamentar nacional, um discurso de verdade, mas contundente, consistente e constante. O PSD tem pecado, tem fragilidade a mais, tem sido um “aliado” dos socialistas. E isso tem que mudar rapidamente.
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