
As mulheres vivem em média mais 7 anos do que os homens
A esperança média de vida à nascença tem vindo progressivamente a aumentar em Portugal, sendo superior nas mulheres. Em 1975, as mulheres podiam esperar viver, em média, 72 anos, e os homens 65 anos; em 2005, os valores ascendiam a 81 e 75 anos, respectivamente. Prevê-se que, em 2025, haja um ganho na esperança de vida de cerca de 2 anos para as mulheres e de 2,5 anos para os homens, atingindo, em 2050, cerca de 85 e 79 anos, respectivamente.
A queda da natalidade que se verifica nas últimas décadas em Portugal tem contribuído para o envelhecimento da população, mais acentuado no caso das mulheres devido à sobre-mortalidade masculina.
As mulheres têm menos filhos e cada vez mais tarde
Em 1975, cada mulher tinha, em média, 2,6 crianças, tendo esse valor passado para 1,4 crianças em 2005. Desde o início da década de 80 do século passado que o nível de substituição de gerações (2,1 crianças por mulher) não é assegurado em Portugal. No cenário base das últimas projecções demográficas, aponta-se para a continuação do decréscimo do Índice Sintético de Fecundidade até 2010, recuperando a partir desse ano, e atingindo em 2050 o índice de 1,7 crianças, em média, por mulher.
O adiamento da maternidade reflecte as mudanças que se têm verificado no ciclo de vida dos indivíduos, nomeadamente quanto à participação no sistema de educação e formação, à inserção no mercado de trabalho, à entrada na conjugalidade, à formação da própria família e, consequentemente, à entrada na parentalidade. Entre 1975 e 2005, as mulheres retardaram a idade média à primeira maternidade cerca de quatro anos e à maternidade, de um modo geral, cerca de dois anos: em 2005, a idade média ao nascimento do primeiro filho era de cerca de 28 anos (24 em 1975) e a idade média ao nascimento de um filho de aproximadamente 30 anos (28 em 1975).
Diferença das taxas de actividade das mulheres e dos homens tende a diminuir
Em 2006, a taxa de actividade das mulheres (15 e mais anos) era de 55,8%, face a 69,7% nos homens. No período de 1998 a 2006, as mulheres aumentaram a sua participação no mercado de trabalho, esbatendo-se a diferença entre as taxas de actividade das mulheres e dos homens, ao passar de 18 pontos percentuais em 1998, para 13,9 pontos percentuais em 2006.
Paridade entre mulheres e homens no exercício de profissões mais qualificadas
No ano de 2006, comparando as percentagens das mulheres e dos homens com profissões mais qualificadas ─ “Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa” e “Especialistas das profissões intelectuais e científicas” ─ verifica-se que são muito próximas: 16,3% para as mulheres e 16,5% para os homens, muito embora se registe uma maior proporção de homens no primeiro grupo de profissões e uma maior proporção de mulheres no segundo. Observa-se, porém, que a maior parte das cerca de 2,4 milhões mulheres empregadas exerciam uma profissão como “Pessoal dos serviços e vendedores” (21,4%), seguida das profissões não qualificadas (16,8%), enquanto que dos cerca de 2,8 milhões de homens empregados 28,7% eram “Operários, artífices e trabalhadores similares” e 12,0% eram “Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (Fonte: INE)
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