Segundo as conclusões do EPR – European Payment Report 2020, apresentadas
pela empresa de serviços de gestão de crédito Intrum, “83% dos gestores
portugueses prevê que uma recessão pan-europeia seja um dos maiores desafios a
enfrentar nos próximos 12 meses”, uma percentagem superior à média europeia de
57%.
Mais de 80% dos gestores
portugueses aponta uma recessão pan-europeia como um dos maiores desafios no
próximo ano e 68%, a percentagem mais alta em 29 países europeus, planeia
reduzir custos antes desta crise, revela hoje um estudo.
Segundo as conclusões do EPR
– European Payment Report 2020, apresentadas pela empresa de serviços de gestão
de crédito Intrum, “83% dos gestores portugueses prevê que uma recessão
pan-europeia seja um dos maiores desafios a enfrentar nos próximos 12 meses”,
uma percentagem superior à média europeia de 57%.
Neste contexto, as empresas estão já “a tomar as medidas necessárias para se prepararem para uma recessão resultante da crise pandémica”, com mais de dois terços (68%) das empresas portuguesas inquiridas – a percentagem mais alta dos 29 países da Europa onde foi feito o inquérito – a planearem reduzir custos.
Por outro lado, cerca de
quatro em cada 10 (37%) empresas inquiridas assume que irá ser mais
conservadora na assunção de novas responsabilidades creditícias, um valor
ligeiramente acima da média europeia (35%).
Do estudo resulta ainda que
os devedores em dificuldades financeiras são “uma grande preocupação” para as
empresas portuguesas, numa altura em que, devido ao impacto da pandemia de
covid-19, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma queda de 8% no
Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.
A prová-lo está o facto de
mais de metade das empresas (53%) inquiridas classificarem este como um dos
três principais desafios que enfrentam para que lhes paguem a tempo nos
próximos 12 meses, o valor mais alto em todas as regiões e muito acima da média
europeia, de 38%.
“O nosso inquérito revela
que os devedores que não cumprem nas datas de pagamento são uma preocupação
acrescida para as empresas do sul da Europa. A crise covid-19 aumentou a
pressão das empresas que estão em dificuldades, pois lutam para manter um fluxo
de caixa saudável no meio de uma potencial diminuição das suas receitas”, lê-se
no estudo.
As conclusões do trabalho –
que em Portugal inquiriu 289 empresas – apontam para uma previsível
deterioração da situação, com quase seis em cada 10 empresas no sul da Europa
(57%) a afirmarem esperar que o risco dos atrasos de pagamento aumente nos
próximos 12 meses, contra uma média europeia de 43%.
Sendo o ‘gap de pagamento’
entendido como o tempo entre a data de pagamento contratada e a data efetiva de
liquidação, os consumidores (B2C ou ‘Business to Consumer’) são em Portugal o
grupo com o maior ‘gap’, que atinge os 14 dias de atraso médio (82%), um valor
muito superior à média europeia, que se situa nos 30%.
Já as empresas (B2B ou
‘Business to Business’) e o setor público apresentam um atraso médio de 40% e
46%, respetivamente, valores também acima da média europeia de 30% e 28%,
respetivamente.
“O nosso inquérito revela
que o crescente diferencial entre o prazo acordado e o efetivo pagamento é uma
preocupação cada vez maior para as empresas portuguesas, porque atrasos de
pagamentos conduzem a problemas financeiros sérios, com consequências
devastadoras e muitas vezes evitáveis. Se isso não for travado, as empresas
poderão levar muito mais tempo a recuperarem-se financeiramente”, sustenta o
diretor-geral da Intrum Portugal, Luís Salvaterra, citado num comunicado.
O European Payment Report
2020 agora publicado pela Intrum segue-se à edição especial do ‘Whitepaper’
divulgada no verão, sobre a perturbação financeira negativa causada pela
pandemia, e evidencia um cenário de “economias europeias enfraquecidas e
negócios paralisados em muitos setores de atividade”.
O estudo, que se foca na
análise dos riscos de pagamento a nível nacional e internacional, baseia-se
numa pesquisa realizada simultaneamente em 29 países europeus, num total de
9.980 empresas europeias inquiridas em mais de 11 setores de atividade.
De acordo com o European
Payment Report 2020, as empresas estão sob pressão devido à redução da sua
liquidez, sendo necessário procurar alternativas para libertar recursos
financeiros.
“A covid-19 está a aumentar
a pressão sobre as empresas e, com a desaceleração do crescimento económico,
assiste-se a uma redução da procura e à interrupção das cadeias de
fornecimento”, refere (Jornal Economico)
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