Há uma coisa que me faz uma enorme
confusão, mas o problema deve ser meu, de clara deficiência na percepção da
realidade, antecipando-a: será que ninguém percebeu antes de andarem a dar como
adquiridos projectos empresariais privados, que a rentabilidade dos mesmos é
que dita as regras? Ninguém entendeu que a viabilidade desses propósitos empresariais
privados - dos quais o GRM e Miguel Albuquerque sempre disseram que não tinham
possibiliddes financeiras para se envolverem – passava apenas , mesmo que os
seus promotores não o tenham assumido, por uma comparticipação financeira
avultada pública, que funcionasse como uma espécie de compensação financeira?
Acho tudo isto muito estranho. Sobretudo porque deixa no ar muitas interrogações,
alimenta espantos e interrogações dispensáveis e permite especulações. Mas se
tudo isso era facilmente previsível, já não me parece que se devam misturar
situações que deveriam ter sido abordadas e geridas de outra forma, com a política
propriamente dita.
À oposição, tão histericamente “desagradada”
com o desfecho previsível deste processo pessimamente mal gerido – só com
financiamento comunitário ou do estado e apenas por alguns meses do ano, é que
a ligação ferry entre a RAM e o Continente tem alguma viabilidade - cabe-lhe
apontar alternativas concretas, em vez de se limitar ir a reboque das notícias
na comunicação social na expectativa de ganhar votos que não ganhará.
Já agora, se um avião - seja ele
qual for – finalmente assegurar as ligações entre a RAM e o Continente para
transporte de mercadorias, e depois do subsídio de mobilidade muito bem negociado
e atribuído para as ligações aéreas entre a Madeira e o Continente (apesar de algumas
idiotices processuais de todos conhecidas que foram sendo melhoradas) , qual a
viabilidade da ligação ferry? Quem é que troca o avião pelo barco – salvo porventura
nos meses de Verão? (LFM)
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