quinta-feira, janeiro 07, 2016

A ligação ferry e o desfecho previsível

Há uma coisa que me faz uma enorme confusão, mas o problema deve ser meu, de clara deficiência na percepção da realidade, antecipando-a: será que ninguém percebeu antes de andarem a dar como adquiridos projectos empresariais privados, que a rentabilidade dos mesmos é que dita as regras? Ninguém entendeu que a viabilidade desses propósitos empresariais privados - dos quais o GRM e Miguel Albuquerque sempre disseram que não tinham possibiliddes financeiras para se envolverem – passava apenas , mesmo que os seus promotores não o tenham assumido, por uma comparticipação financeira avultada pública, que funcionasse como uma espécie de compensação financeira? Acho tudo isto muito estranho. Sobretudo porque deixa no ar muitas interrogações, alimenta espantos e interrogações dispensáveis e permite especulações. Mas se tudo isso era facilmente previsível, já não me parece que se devam misturar situações que deveriam ter sido abordadas e geridas de outra forma, com a política propriamente dita.
À oposição, tão histericamente “desagradada” com o desfecho previsível deste processo pessimamente mal gerido – só com financiamento comunitário ou do estado e apenas por alguns meses do ano, é que a ligação ferry entre a RAM e o Continente tem alguma viabilidade - cabe-lhe apontar alternativas concretas, em vez de se limitar ir a reboque das notícias na comunicação social na expectativa de ganhar votos que não ganhará.
Já agora, se um avião - seja ele qual for – finalmente assegurar as ligações entre a RAM e o Continente para transporte de mercadorias, e depois do subsídio de mobilidade muito bem negociado e atribuído para as ligações aéreas entre a Madeira e o Continente (apesar de algumas idiotices processuais de todos conhecidas que foram sendo melhoradas) , qual a viabilidade da ligação ferry? Quem é que troca o avião pelo barco – salvo porventura nos meses de Verão? (LFM)

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