Quem foi o antigo assistente na UMa, doutorando com dispensa de serviço docente (implicitamente concedida com a aprovação do projecto de investigação que se estendia por três anos) prerrogativa que acabou por ser interrompida no final do 2º ano, devido à não concessão do biénio final (em acréscimo ao contrato) para conclusão da tese, ao contrário do que aconteceu com outros seus colegas? É ou não normal e humanamente indiscutível que estas pessoas, perante estes comportamentos escroques, discriminatórios e discricionários, se sintam injustiçados, embora hoje a trabalhar numa instituição onde se sente realizado e útil? É preciso ter presente, porque seria injusto, que a Universidade da Madeira também alberga no seu seio pessoas sérias, competentes e empenhadas, cujo trabalho acaba por ser esquecido ou até relegado para plano secundário em detrimento das asneiradas e da sucessão de “casos” e de anedotas absurdas que ali acontecem com inusual frequência. Falo de pessoas que são credoras do nosso respeito e consideração, que trabalham sem olhar a horários, sem vedetismos nem frenéticos mediatismos, que até trazem para a Região - com custos pessoais, familiares e até financeiros - congressos internacionais e conquistam prémios de investigação. São os docentes que pensam mais nos seus alunos e lhes dão prioridade, antes de se preocuparem com o mapa de progressão na carreira, se correrem atrás de promoções ou ambicionarem tachos. São os funcionários que chegam à UMa antes das portas se abrirem mas que garantem no anonimato o correcto e eficaz funcionamento de uma pesada máquina administrativa de uma universidade e que apesar disso são tantas vezes tratados como se não passassem de mentecaptos por pessoas que não se olham ao espelho, de cima abaixo, e sintam vergonha do que vêm projectado. Pessoas desprezadas e injustiçadas que não são docentes e/ou não têm nem mestrado nem doutoramento (como se disso dependesse exclusivamente a o empenho e a eficiência profissional de cada um...). Falo dos alunos, e no seu imenso mundo de virtudes e defeitos, que olham com desconfiança tudo o que ali se passa, que procuram ampliar o conhecimento e assegurar o seu futuro, como jovens que são. São os investigadores com projectos atirados para o esquecimento dos armários ou das gavetas, projectos que seriam úteis à universidade e à região, mas que não se concretizam porque não conseguem apoio financeiro, ou pela inveja de instituições ou de iluminados que por lá andam, que se julgam donos da verdade e da sabedoria e que propositadamente os penalizam ou marginalizam. É esta gente toda, sem excepção, que esta reitoria ofende.
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