quinta-feira, novembro 13, 2008

UMa: a culpa é do jardineiro ou de alguma funcionária do bar?

O que se passa na Universidade da Madeira, concretamente no departamento de Biologia, é a imagem de degradação e de desnorte que impera naquela instituição. Com uma diferença: enquanto num governo, quando um ministro ou secretário regional falha, por isso responde o primeiro-ministro ou o presidente do executivo, se num clube de futebol a equipa falha e não ganha, o treinador assume a culpa, na Universidade da Madeira, ou é o jardineiro ou alguma daquelas minhas queridas amigas do bar dos alunos que devem ser os culpados. E se investigarem melhor, ainda vão concluir que a culpa de tudo o que se passa na UMa deve ser de alguma daquelas funcionárias simpáticas da reprografia. Quando ontem ouvi através da emissão na internet da RTP da Madeira, um vice-reitor - que é parte interessada, porque é docente do departamento em causa, porque já coordenou mestrados no passado, porque me constou que pretenderia que a coordenação do actual mestrado, devidamente aprovado pelo Ministério do Ensino Superior (!), fosse da sua responsabilidade - chamar de incompetente a directora do departamento, que nem conheço, das duas uma: ou a pouca vergonha já deixou de ter limites e a própria reitoria anda desnorteada, ou confirma-se a tese que corre por lá de que Telhado Pereira tem levado nos costados com as responsabilidades de asneiradas e arbitrariedades e decisões polémicas e ilegais tomadas por outros, à sua volta. Ou então a Uma precisa de uma revolução que terá que ser forçada pelos professores e pelos alunos, em vez de tolerarem certas conivências ou cumplicidades principalmente em períodos eleitorais, em que os votos são precisos. Com uma recomendação se me permitem: não tolerem qualquer projecto partidário de assalto ao poder, juntem-se e combatam iniciativas suportadas em lógicas de partidos, caso existam, Fiquei, confesso, estarrecido, porque sem saber de que lado está a razão, tenho a certeza de que caso a peça que a RTP da Madeira transmitiu no telejornal fosse emitida a nível nacional (não sei se foi), alguém vai ter que fazer alguma coisa, leia-se a tutela, e alguém vai ter que fazer as malas rapidamente. Dividir os 14 docentes do departamento em 7 contra 7, e querer circunscrever segundo o vice-reitor António Manuel Dias Brehm e uma intriga relacionada com o acto eleitoral - como se aquela reitoria não estivesse mergulhada há uns tempos numa intrigalhada de meter nojo, numa luta titânica pela sobrevivência no poder - não só é um absurdo como revela o nível de degradação a que se chegou, já que até os professor s pelos vistos não têm problemas em se envolver em disputas públicas que eu apenas por pudor e respeito não as classifico como bem me apetecia... Sei que os alunos do Mestrado em Biodiversidade e Conservação estão desesperados, que já meteram muitos milhares de euros na instituição e agora ouvem um vice-reitor - que irresponsabilidade! – afirmar publicamente que a UMA vende "gato por lebre". Ou seja, o departamento do qual o vice-reitor faz parte, e que pelos vistos é cúmplice de tudo o que ali foi feito e decidido até hoje, porque ninguém o ouvi falar antes fosse do que fosse, ou está apenas a ser alvo de vingança pessoal – daí a acusação do "gato por lebre” pelo simples facto de não ser o autor da afirmação não é ele a coordenar e a convidar os professores de pretendia para leccionarem as aulas do mestrado. E no meio de tudo isto ainda temos que aturar as insinuações de crápulas que vagueiam pela instituição como se nada fosse com eles, porque a ambição prioritária é comprar votos para ser eleito. E depois os outros é que contestam decisões ou se indignam, não por terem razão e por ser bum direito próprio, mas por causa do acto eleitoral. Eu já disse e repito: demita-se para que a UMA se liberte.

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