quarta-feira, novembro 12, 2008

Tempo

Eu gosto de política, não me repugna o debate político, obviamente dentro de regras próprias de conduta entre pessoas. Não admito que se misturem questões pessoais ou familiares com o exercício da política nem que se entre pela leviandade do ataque pessoal indiscriminado, porque uma coisa são as divergências entre políticos, outra coisa é envolver pessoas que pelo simples facto de serem familiares de políticos, não são, nem devem ser chamadas para a arena. O problema é que começo a ter a consciência de que há um tempo para tudo, que o meu tempo se vai esgotando. A política pura e dura não me incomoda, porque se for por coerência, por princípio e por convicção, estou para qualquer combate. Quando se trata de tiros-no-pé, de "sacanagem" como dizem os brasileiros, então irremediavelmente estou a mais. Há erros que tem que ser assumidos, há desarticulações que não podem continuar, há uma dispersão de centros de decisão que não podem vaguear ao sabor de factos ou de pessoas, etc. Há que ter sobretudo a honestidade de não sacudir a água do capote quando as coisas dão para o torno, porque estou farto dos que falam forte mas depois da confusão feita a primeira coisa que fazem é responsabilizar terceiros.

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