Não vou abordar as questões relacionadas com a articulação estratégia que em torno do caso despoletado pela "bandeira nazi" - que os dirigentes do PND encomendaram a uma costureira no Funchal - nem do facto de ter havido um determinado partido da oposição que a reboque dos factos andou a movimentar-se na procura de uma estratégia concertada que visa, mais tarde, dar cabo dos partidos mais pequenos, já nas eleições de 2009 - face ao muito que está em causa nesses actos eleitorais e para esse partido - até porque há na oposição deputados que estarão muito mais habilitados a falar disso, caso queiram. Aliás, alguns deles, nem hesitaram em denunciar factos concretos. O que pretendo referir é que a questão da notificação ao PND é uma questão que vale rigorosamente zero, na medida em que o deputado recebeu cópia do documento hoje votado, no intervalo do plenário, pelo que se não esteve presente depois disso foi porque se baldou. Este envio da referida informação - e tenho a obrigação de informar destes factos, digam o que disserem os moralistas do costume - resultou do facto do deputado do PND no dia em que exibiu a bandeira nazi e originou a situação conhecida, ter "desaparecido do mapa" já que nem mais pôs os pés no parlamento, estando por isso ausente quando foi votado o primeiro requerimento do PSD,dele não tomando conhecimento. Perante o texto então aprovado e a respectiva redacção, foi resolvido pela Presidência do parlamento dar informação, por escrito do referido requerimento, ao deputado. Queristo dizer que a encenação pode ganhar espaço na comunicação social, por desconhecimento destes factos, mas neste momento o que vale, nada. Aliás, recordo, na passada sexta-feira o deputado do PND esteve no parlamento, circulou livremente no edifício principal, concedeu entrevistas, o que nunca aconteceria se continuasse suspenso das suas funções. Aliás, entrevistas essas que vieram a estar na origem de episódios que o deputado Coelho pelos vistos considera que o dignificam e revelam respeito pela sua pessoa! O acto de hoje foi apenas uma formalização de uma situação já dada por adquirida.
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