O PS formalizou hoje a apresentação da candidatura de Bernardo Martins à vice-presidência da Assembleia Legislativa da Madeira, tal como já tinha prometido, e aproveitando as "condições" criadas pela polémica em torno do "caso Coelho" e, provavelmente, a reboque das declarações de Monteiro Diniz proferidas na RTP da Madeira, segundo as quais este assunto deveria ser rapidamente ultrapassado dado que se trata de uma norma regimental e estatutária. Pessoalmente considero que se trata de um desafio complicado que se coloca ao PSD e à sua estratégia, na medida em que não tem mais alternativas: ou elege Bernardo Martins, retirando à oposição uma das bandeiras mais agitadas nas críticas à maioria, e fica resolvida uma questão que se arrasta, ou mantém a sua posição e sujeita-se a que se gere outra vez polémica em torno do parlamento que nesta altura não interessa, não só para a estabilidade da situação, mas porque a Assembleia Legislativa é peça essencial e central na proposta de revisão constitucional do PSD, que aposta no reforço das suas competências legislativas, facto que dificilmente será aceite a manter-se uma polémica política. Confesso que não sei qual a solução, acho que politicamente a estratégia do PS é inteligente - eu faria exactamente o mesmo - pelo que neste momento não posso identificar a opção do grupo parlamentar, até porque este assunto poderá demorar mais algum tempo. Isto porque, em caso de aprovação da proposta constante da proposta do novo Regimento, da autoria do PSD, os membros da Mesa passam a ser eleitos por Legislatura em vez de Sessão a Sessão Legislativa como tem acontecido, podendo a opção - embora nada o obrigue - a passar pela automático prolongamento do mandato dos eleitos ou pela realização de novas eleições para os membros da Mesa.
Sem comentários:
Enviar um comentário