segunda-feira, agosto 30, 2021

Sondagem: Rui Moreira, um presidente influente e competente, mas menos solidário



O atual presidente da Câmara do Porto tem clara vantagem sobre os outros cinco candidatos à autarquia em vários atributos pessoais. Maioria dos portuenses "foge" a escolher o mais honesto. Rui Moreira é o candidato mais influente (59%), mais competente (55%), mais solidário (38%) e mais honesto (23%). E daria, portanto, um melhor presidente de Câmara do Porto (54%), de acordo com a sondagem da Aximage para o JN, DN e TSF. A exemplo do que acontece na projeção de resultados, o autarca independente vence por goleada, quando se coloca aos portuenses uma série de questões relativas a atributos pessoais. O melhor resultado do atual presidente é na influência (59%), mas essa é a característica que os cidadãos menos valorizam (só 3% dizem que é a mais importante).

COMPETÊNCIA MAIS IMPORTANTE

Fundamental (para 80% dos inquiridos) é a competência. Mas também aqui a comparação com os outros cinco candidatos (os que são cabeças de lista por partidos que já têm representação nos órgãos municipais) é favorável a Moreira (tem 48 pontos de vantagem sobre Tiago Barbosa Ribeiro).

O único atributo em que o domínio do atual presidente não é tão grande é no "ser solidário/próximo das pessoas" (38%). Sendo que nesta matéria sobressai o resultado da comunista Ilda Figueiredo (14%), em particular entre os eleitores dos 50 a 64 anos (20%).

A QUESTÃO DA HONESTIDADE

A honestidade é um caso à parte, como se percebe pelos resultados. É certo que Rui Moreira volta a ser o mais citado (23%), com Ilda Figueiredo de novo em segundo (8%). Mas o que se percebe é que os portuenses oferecem grande resistência a reconhecer honestidade a qualquer político: 56% dizem não ter opinião, uma percentagem muito mais elevada do que em qualquer outros dos atributos.

A análise dos resultados por segmentos mostra que é em Lordelo e Massarelos que se concentram os apoiantes mais fiéis de Rui Moreira: 63% na competência e na influência, 49% na solidariedade/proximidade às pessoas. Quando está em causa a competência, nota-se o peso feminino (mais sete pontos do que os homens) e dos que têm 65 ou mais anos (63%).

Números

51%

No caso da influência, Rui Moreira tem a preferência até entre os que anunciam votar no candidato do PSD (51%) e do PS (50%).

51%

Quando está em causa a honestidade dos candidatos, até os apoiantes de Rui Moreira hesitam: 51% dizem não ter opinião.

O melhor e o pior da cidade

A "qualidade de vida" é a característica que os portuenses mais apreciam no seu concelho (19%), em particular os que residem nas freguesias de Aldoar/Foz do Douro/Nevogilde (29%), os que têm 18 a 34 anos (31%) e os da classe social mais elevada (24%). A "localização" e "as pessoas" foram as seguintes na tabela, ambas com 16% de respostas. A primeira seduz em particular quem vive em Lordelo/Massarelos (23%) e a classe média (20%), enquanto as pessoas são a melhor característica da cidade para quem vive no Bonfim (20%) e para os que têm 50 a 64 anos (18%). A "proximidade ao rio Douro" (11% no geral) é o que mais apreciam os cidadãos mais velhos (17%), enquanto "a cidade em si e as pessoas" (9% no geral) é a resposta mais comum entre os que fazem parte da classe social mais desfavorecida (13%).

O "trânsito" é a característica da cidade que mais irrita os portuenses (20%), em particular os de Aldoar/Foz/Nevogilde (31%), os homens (24%), os que têm 50/64 anos (25%) e os mais pobres (19%). A "densidade populacional" vem logo a seguir, empatada com a "falta de espaços verdes", ambas com 16%. No caso do excesso de ocupação, sente-se sobretudo entre quem vive em Campanhã (18%), entre as mulheres (17%), nos mais jovens (31%) e nos mais ricos (32%). A "poluição", que é a pior característica para 7% dos cidadãos, é particularmente irritante para os que fazem parte de uma classe média baixa (22%).

Feitas as contas às suas contrariedades pessoais, mas também aos dos seus vizinhos, amigos ou familiares, os dois principais problemas da cidade serão, de forma destacada relativamente a outros, a "falta de habitação acessível" e o "trânsito/estacionamento" (ambos com 27%). No caso da falta de habitação acessível, preocupa mais os que vivem nas freguesias do Centro Histórico (35%), as mulheres (30%), os mais jovens (36%) e os da classe média (28%). No caso do trânsito e estacionamento, é um problema mais agudo para quem vive em Paranhos (32%), para os homens (33%), para os que têm 35/49 anos (36%) e para os que estão na classe social mais elevada (32%) (Texto do jornalista Rafael Barbosa, Jornal de Notícias)


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