sábado, agosto 07, 2021

Nota: Os três “se” que se colocam à coligação (liderada pelo PSD-M) nas autárquicas, e não só...

Estas eleições autárquicas, falo apenas no caso na RAM, colocam em cima da mesa muitos “se”, dos quais dependerá muita coisa a curto e médio prazo. E basta que pouca coisa corra mal - para quem é poder ou oposição, mais ou menos sedenta de poder, até basta que pouca coisa corra mal… - para que muita coisa seja questionada e as mudanças sejam inevitáveis. E não duvidem que a 26 de Setembro alguma coisa vai correr mal a todos. Resta saber o quê e em que dimensão política…

Vamos ao que eu penso

- Se a coligação liderada pelo PSD-M não ganhar no Funchal, estaremos perante uma derrota perigosa que pode fragilizar politicamente e ter consequências. E não vale a pena distrair as pessoas ou manipular os factos. A realidade política e partidária regional em 2013 e 2017, nada tem a ver com o que se passa hoje, em 2021. Obviamente que se correr bem, ou seja, se a coligação liderada pelo PSD-M ganhar, então será o PS-M e demais oposição, de esquerda e de direita, quem ficará mal na fotografia e a braços com a pressão de mudanças;

- Se o combate eleitoral autárquico correr mal ao PSD-M e ao CDS-M nos demais concelhos, concorram eles sozinhos ou  coligados, isso será um perigoso sinal para as lideranças, na medida em que esse quadro não será compatível com o deixa andar, ficando tudo na mesma. Um desaire eleitoral vai obriga a mudanças, doa a quem doer. Obviamente, e repito, que se tudo correr bem, ou seja, se a coligação liderada pelo PSD-M ganhar na maioria dos demais municípios, então será o PS-M e demais oposição, de esquerda e de direita, quem ficará mal na fotografia e a braços com a pressão de mudanças;

- Se a remodelação governamental for feita na lógica do final da Legislatura, então ela não pode ser comparável a uma manta de retalhos. Acredito que Barreto, caso o CDS-M saia fragilizado das autárquicas, reclamará mais protagonismo - não necessariamente mais poder - no contexto do GRM. Não se pode retirar um vice-presidente de um governo de coligação, com o peso político de Pedro Calado, e desviar a coordenação politica para o único secretário regional verdadeiramente com sensibilidade política ou partidária (Jorge Carvalho) e querer que se ignore o peso tutelar que Calado detinha na orgânica do GRM a vários níveis.

É esta conjugação que me intriga, na medida em que acho que podem estar-se a cometer potenciais erros políticos, de análise e de decisão, que poderá ter uma consequência bem mais complicada do que possam imaginar. Tudo dependerá do desfecho eleitoral e do balanço final dos desaires e sucessos dos partidos e/ou coligações nos diferentes órgãos autárquicos. 

Sem comentários: