terça-feira, agosto 27, 2019

Nota: quando a patifaria e a bandalhice se juntam a política rafeira impera

Não tenho nada a ver com o grupo de pressão organizado nas redes sociais, e com algums ramificações partidárias, que acha que podemos ter o ferry todo o ano independentemente da sua rentabilização.  Ou seja, se se tratar de um empresário privado, ele terá que ser obviamente compensado pelos prejuízos - não quantificados -de uma operação que provavelmente apenas em escassos dois meses de Verão poderá ver atenuadas as perdas. Se se tratar de impor ao sector público a responsabilidade por garantir essa ligação marítima, então temos que ter um orçamento regional devidamente preparado - e não sei se a UE autoriza essa despesa ou não, mesmo tratando se ilhas, dado que o fenómeno da insularidade, da ultraperiferia e das regiões é cada vez mais um parente pobre numa Europa descaracterizada, refém de interesses financeiros e económicos poderosos manipulada pelos grandes e que têm hoje outras prioridades que há 5 ou 10 anos  eram bem diferentes - para que sejam os contribuintes a suportar anualmente uma previsível perda de milhares de milhões de euros. 
Pessoalmente, já o disse e repito, o barco até pode ser pintado a ouro que não serei, provavelmente nunca, um cliente. Gastar 24 ou mais horas de viagem para Portimão, quando quero ir para Lisboa ou Porto em 1h 30m ou 2 horas, pagando 86 euros, nem dá que pensar. O mar nunca foi o meu forte, só para nadar. Prefiro o avião, serei sempre um utilizador do avião. Ms respeito os que têm medo deste meio de transporte e pressionam para que o barco seja uma realidade (não confundir o transporte de mercadorias com transporte de passageiros, pois é a esta componente em concerto que me reporto)
O problema é que se transferiu hoje para o oportunismo político, para a manipulação descarada, para a bandalhice e a patifaria de alguns protagonistas, uma questão que não sendo prioridade para os madeirenses - ao contrário do que alguns de forma manipuladora e mentirosa tentam fazer crer - acaba por demonstrar até que ponto a ralé política, a falta de escrúpulos e a nojentice política de alguns patifes pode descer.
Não troco o novo Hospital da Madeira pelo ferry, não troco a mobilidade pelo ferry, não troco uma descida dos juros pagos pela RAM relativamente ao empréstimo que foi obrigada a contrair em 2011/2012 pelo ferry - o Estado continua a lucrar com os empréstimos feitos à Madeira dos quais foi avalista mas já queimou com os bancos falidos mais de 12 mil milhões de euros. 
Mas este caso - para além da ilegalidade criminosa que devia justificar uma reação pronta de todos e a intervenção até de MRS e da CNE sem esperar pelo formalismo de participação num processo que é risível há mais de 30 anos -  pode ser bem mais grave do que aparenta - o governo socialista dos patifes de Lisboa negou sempre apoio financeiro à Madeira para a operação do ferry, negou sempre autorização para que Lisboa fosse o porto de destino continental, mas subitamente, caso seja verdadeira a notícia publicada num jornal, essa mesma corja já diz que arranja dinheiro para que os bandalhos socialistas locais, cada vez mais esfomeados de poder, usem o ferry como instrumento de caça ao voto e de pressão vergonhosa sobre o eleitorado.
Pode ser bem mais grave, porque pode esconder relações promíscuas - cuja "linha de vida" é facilmente identificável.... - entre determinados grupos locais, monopolistas e constantemente criticados na praça pública por causa disso (hoje tudo mudou no caso do PS e de outros partidos da esquerda....) porque há parcerias já acordadas e negociadas que nem dizem respeito apenas à Madeira. Aliás, lembro que um dos mais influentes assessores de Cafofo para a área económica saiu do grupo Sousa para a campanha do PS sendo por isso um conhecedor profundo desta temática, incluindo da exploração da linha do Porto Santo e de tudo o que se passou mais asqueroso e repugnante (a que se juntam graves erros políticos e submissões estranhas na altura...)quando o Armas operou nesta linha da Madeira.
O que o GRM deve fazer, porque tem agora essa obrigação, é divulgar toda a documentação trocada com os patifes de Lisboa sobre este assunto, informar quais os custos desta operação que foram suportados pela RAM,  porque o que nos faltava é que depois deste descaramento vergonhoso, ficasse também a dúvida sobre o real comportamento da RAM neste processo da contratação de um ferry nos meses de Verão. E é disso que fico à espera porque é essa a exigência das pessoas (LFM)

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