sábado, agosto 17, 2019

Nota: erros destes não!




O PSD-M não pode cometer erros de estratégia comunicacional e de marketing politico muito menos em campanha eleitoral onde todas as ideias são previamente pensadas e as prioridades precisam ser bem definidas.
É sabido - e  não vale a pena virem os iluminados contratados à pressa dizer que não porque há muito que isso é um dado adquirido - que os cartazes de propaganda eleitoral precisam ter apenas uma ideia-chave, que depois é transmitida às pessoas por via de frases temáticas. Se os cartazes nas ruas são destinados aos condutores - e o mesmo se poderá dizer em relação aos transeuntes - duvido que eles parem frente a um desses cartazes para o ler ainda por cima com frases e temas misturados, numa salgalhada que não ajuda em nada a tal transmissão de uma mensagem aos eleitores. Ninguem faz isso. Não há uma única pessoa que se sinta atraída por cartazes "cheios" que se revelam desastrosos na mobilizam dos eleitores. O que está mal neste cartaz, que tive oportunidade de ver no Porto Santo - e até o PCP que costumava "descarregar" um livro num cartaz, já mudou de procedimentos, embora continue a cometer erros de comunicação a este nível - é que ele contem três frases distintas, ou seja, três mensagens diferentes, sem um ideia-chave principal, sem uma chamada de atenção ao eleitorado e que seja facilmente retida por ele. O que acabo de dizer é a realidade, ponto. Parágrafo. Ou escolhem uma ideia política forte e que seja consensualmente convincente, ou cairão na banalidade. Tem que haver sempre uma frase política essencial a aparecer em destaque neste tipo de cartazes de menor dimensão e que se "perdem" facilmente por estes erros de marketing e de comunicação. Mesmo que eu  pense, e cada vez mais penso isso, que as pessoas votam pouco ou nada por causa de cartazes, e que para além do aspecto poluidor da paisagem, questiono a utilidade deste tipo de propaganda eleitoral dos partidos. Há 20 ou 30 anos atrás porventura a discussão seria outra. Hoje, com as redes sociais a imperarem e a superarem a comunicação social tradicional, atolada numa demorada crise,  é evidente que as pessoas dispensam que os partidos de poder venham dizer que fizeram. Fizeram porque estavam obrigados a isso, porque venceram eleições. As pessoas estão-se nas tintas para o que o partido A ou B fez no poder. O que as pessoas precisam de saber é apenas de um partido de poder que prometeu muito, afinal  cumpriu ou não, e se tudo o que cumpriu realmente reverte a favor de pessoas e não de grupos organizados de interesses. Por isso os cartazes, apesar de estarem em desuso, são investimento demasiado importante para serem desaproveitados ou mal-pensados e erradamente postos em prática, Ninguém pára para ler um cartaz e os cartazes do PSD com três ideias diferentes, que são confusos, pesados, demasiado "cheios" e despropositados. Se o  PSD-M fez realmente o que diz que fez, então não fez mais do que o seu dever, porque foi para isso que as pessoas votaram no partido e ele ganhou eleições de 2015. Portanto, acho que a opção é sempre, deve ser sempre, pela divulgação de ideias fortes, de princípios políticos que cativem as pessoas, de apelo ao voto e sobretudo de mobilização porque as regionais atingiram em 2015 valores vergonhosos que colocam em causa a representatividade dos deputados eleitos.
Aliás com mais de 50% de abstenções não sei qual a efectiva representatividade dos tais alegados "representantes" de concelhos metidos quais chouriços nas listas de candidatos a deputados apenas para uma eventual caçada ao voto que fica aquém do pretendido, muito aquém.
Em 2015 o PSD-M também escolheu representantes de concelhos, e pelos vistos os resultados mostram que, salvo excepções - e o Funchal não entra neste teatro que apenas garante tachos parlamentares (?) a alguns  chicos-espertos que sabem o que fazer, como fazer e junto de quem, para garantirem a sobrevivência - a representatividade dos os pretensos "representantes" de concelhos é facilmente questionável. A abstenção é disso a demonstração inequívoca (abaixo os resultados do PSD-M em cada concelho):
Calheta - 30,2% dos inscritos e 60,4% dos votantes
Câmara de Lobos - 22,7% dos inscritos e 48,5% dos votantes
Machico - 21,9% dos inscritos e 44% dos votantes
Ponta do Sol - 24,1% dos inscritos e 53,7% dos votantes
Porto Santo - 27,6% dos inscritos e 54,9% dos votantes
Porto Moniz - 26% dos inscritos e 48,4% dos votantes
Ribeira Brava - 23,3% dos inscritos e 69,3% dos votantes
Santa Cruz - 18,1% dos inscritos e 34,1% dos votantes
Santana - 13% dos inscritos e 22,4% dos votantes
São Vicente - 25,4% dos inscritos e 54,8% dos votantes (LFM)

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