quinta-feira, julho 26, 2018

PSD-M: pragmatismo e seriedade ante qualquer sondagem. O resto é folclore

O DN da Madeira - aliás como tem sido habitual nos últimos anos - volta a divulgar uma sondagem em vésperas da realização da festa do Chão da Lagoa. Não sendo, nunca fui, daqueles que acham que a referida festa tem impacto eleitoral ou que supera os problemas de mobilização mais do que evidentes e alguns bem penosos, obviamente que reconheço que os resultados da sondagem - até porque as autárquicas de 2017 revelaram isso mesmo - vão ter impacto mesmo que sejam naturalmente desvalorizadas como hatualmente é feito - sobretudo se os resultados não são os pretendidos - e mesmo que no PSD-M haja quem responda às sondagens dos outros com argumentos teóricos e vazios ou recorra à insinuação sem fundamento de que existem sondagens internas realizadas por estranhas empresas cuja credibilidade nem se conhece, que contrariam esses indicadores publicados. Aliás - e um dia a história disso será conhecida - o PSD-M foi enganado, repito, iludido nas últimas autárquicas de 2017 por pretensas sondagens, nunca divulgadas, que davam sempre cenários totalmente opostos aos que as diversas sondagens indiciavam com antecedência.

Ou seja, não reconheço os resultados mas admito que a sondagem será em linha com  as anteriores. Não conheço os resultados mas admito que eles possam ser "martelados" ao ignorarem factores condicionadores - por exemplo no caso da tentativa de associação de uma determinada coligação que funcionou no Funchal mas que não vai funcionar nas regionais de 2019 e o impacto negativo que determinados processos  judiciais poderão ter, acrescidos do desgaste de medidas concretas que tardam (tempo de serviço de professores, problemas graves na saúde, etc) a que acresce uma evidente barafunda no seio do PS local, depois das últimas directas internas que destronaram Carlos Pereira, e da ânsia da nova liderança socialista regional de querer passar de 3ª ou 4ª força regional para o poder a reboque de um protagonista que admito não se deixará enganar nem cair na ilusão de que as coisas serão com o lhes sopram nos ouvidos assessores bem servis, dependentes e submissos. O que o PSD-M - e estou a ultimar a minha opinião sobre tudo isso - precisa urgentemente é de ter vida própria, de não depender da acção governativa (apenas um eixo num,a estratégia mais alargada), de não se deixar iludir pelo diz-se, diz-se de cafés ou redes sociais, regra geral com origem em vuvuzelas que não têm acesso a nada e sabem coisa nenhuma, preparar o congresso regional do final deste ano que será determinante para 2019 e promover internamente o que for necessário para recuperar o tempo e o espaço perdido. E nada de deixar que as sondagens influenciem, negativa ou positivamente, seja o que for e quem for. As sondagens são sempre referências e oportunidades para repensar coisas que aparentemente pouco significado terão, para alguns, mas que na realidade podem ser a chave de contrariedades e ameaças. Façam uma análise swot ao partido, essa pode ser uma solução, uma análise séria e isenta. E não discutam a liderança, perdendo tempo com minudências quando na realidade o problema do PSD-M é , estrutural, funcional se quiserem, e de postura perante as suas bases e a sua base eleitoral. (LFM)

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