domingo, julho 08, 2018

Venezuelanos protestam contra baixos salários e falta de produtos básicos e medicamentos

Os venezuelanos protestaram em várias regiões do país, contra os baixos salários, a cada vez mais frequente falta de água, de luz, a escassez de alimentos e medicamentos e contra o aumento do preço dos transportes. A estes protestos juntaram-se os enfermeiros, que fizeram greve em 26 centros hospitalares venezuelanos, segundo relatou a presidente do Colégio de Enfermeiros do Distrito Capital, Ana Rosário. "Não estamos na disposição de continuarmos a suportar ameaças e ataques. Não temos medo dos 'coletivos' (grupos de motociclistas armadas afetos ao regime) e envergonhamo-nos de chamá-los homens", disse. Por outro lado, Maruo Zambrano, dirigente do sindicado da Federação de Trabalhadores da Saúde (Fetrasalud) responsabilizou o Governo do Presidente Nicolás Maduro pelas "mortes de tantos venezuelanos" devido à crise no setor. Os enfermeiros daqueles 26 centros decidiram manter-se em greve até serem ouvidos pelas autoridades. Segundo a imprensa local e utilizadores do Twitter, ocorreram protestos em La Candelária, San José e Baruta, em Caracas, devido à falta de água, nalguns casos desde há mais de um mês. Ainda na capital, em Chacaíto (centro-leste) dezenas de pessoas bloquearam o trânsito em protesto pelo aumento do preço das passagens e também pelas deficiências do serviço devido a que muitos autocarros estão paralisados devido à falta de peças para reparação. Nos Estados de Vargas e de Falcón (norte e noroeste da capital) ocorreram protestos pela falta de água e de energia elétrica, em Los Teques (sul da capital) pela falta de água. Em Paracotos (50 quilómetros a oeste de Caracas), os venezuelanos protestaram para pedir "transportes e alimentos". Os protestos contra os baixos salários fizeram sentir-se ainda na Universidade Central da Venezuela e no Estado venezuelano de Táchira (sudoeste do país) (LUSA)

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