Depois de ter sido considerado, pela quinta vez, o melhor destino
insular da Europa, a Madeira continua na mira dos turistas e está empenhada em
diversificar oferta. Os resultados são claros: o interesse pela Madeira tem
estado a crescer nos principais mercados turísticos do arquipélago. Segundo um
estudo conjunto entre a Associação de Promoção da Madeira (AP-Madeira) e a
Bloom Consulting Portugal, no Reino Unido o interesse por este destino cresceu
17%. Alemanha (30%), França (19%), Suécia (18%) e Dinamarca (11%) também
revelam um aumento de interesse pela Madeira, o que reflete a evolução positiva
da notoriedade deste arquipélago, segundo Filipe Roquette, diretor-geral da
consultora. Os resultados deste inquérito foram apresentados esta quarta-feira,
4 de julho, durante um evento privado no Funchal.
Recorde-se que a Madeira foi mais uma vez distinguida com o prémio de
melhor destino insular da Europa nos World Travel Awards, um galardão que
arrecada pela quinta vez – e pela terceira consecutiva. E para o ano será a
grande anfitriã da festa dos já chamados ‘Óscares do Turismo’, num sinal claro
de que os esforços feitos recentemente pela AP-Madeira e pela Secretaria
Regional do Turismo têm estado a dar frutos. A utilização mais criteriosa do
orçamento alocado ao Turismo bem como a tentativa de aumentar a base de
associados da AP-Madeira tem sido uma das grandes apostas dos últimos três
anos, numa altura em que as preocupações sobre o aumento exponencial de oferta
de camas preocupa as autoridades. "É importante que a Madeira não perca a
sua essência de natureza que, aliás, é muito procurada pelos nossos
turistas-tipo", referiu recentemente à EXAME Roberto Santa-Clara
“O conhecimento dos mercados, nomeadamente através da auscultação dos
mercados emissores, é vital para o desenvolvimento de um trabalho profissional
e para a condução da nossa atuação”, justifica o diretor-executivo da
AP-Madeira no comunicado enviado com as conclusões deste estudo recente. O
responsável, que iniciou recentemente o segundo mandato à frente da
instituição, salienta a importância de manter o foco nos clientes-tipo do
arquipélago e de adequar a oferta a essa procura sem comprometer a
sustentabilidade do território. “ Os resultados são muito animadores ao nível
de taxas de penetração nos mercados e também no que concerne às taxas de reconhecimento”,
continua. “ Mas deixam inúmeros desafios e a necessidade de aprofundar alguns
temas para concretizar uma melhor performance do destino. Esperamos que todos
os stakeholders tirem partido desta informação” conclui o gestor.
O estudo apresentado ontem, e que poderá ajudar a delinear o plano
estratégico dos próximos anos, teve em conta mais de cinco mil entrevistas
realizadas nos já referidos mercados, para além de terem sido analisadas quase
50 milhões de pesquisas online feita pelos turistas destas geografias. Segundo
a AP-Madeira, foram usadas mais de 30 variáveis específicas para chegar a estas
conclusões.
A AP-Madeira lançou no início desta semana uma nova campanha de
publicidade focada no digital com o título "#madeiranowordsneeded",
numa referência clara às variadas distinções que tem garantido como melhor
destino insular da Europa e do Mundo (título que deteve também entre 2015 e
2017).
arquipélago da Madeira vai receber, pela primeira vez, a maior
competição nacional pela melhor aplicação criada por jovens para resolver
problemas sociais. No último Encontro Regional da 4ª Edição do Apps for Good,
que decorrerá amanhã na Ribeira Brava, três equipas de jovens entre os 10 e os
18 anos vão participar e demonstrar o trabalho desenvolvido ao longo do ano
letivo, apresentando as suas ideias (Apps) que solucionam problemas reais.
APPS FOR GOOD NO FUNCHAL
Esta quinta-feira foi ainda anunciado que a Madeira vai receber pela
primeira vez o programa Apps for Good,uma iniciativa desenvolvida junto das escolas
e que promove a utilização de tecnologias para solucionar questões sociais. Em
comunicado, a CDI-Portugal, ONG responsável pela Apps for Good, explica ainda
que vai "assinar um protocolo com a Direção Regional de Educação, o que
demonstra a importância que este programa tem a nível nacional para promover e
ajudar a desenvolver a capacidade criativa dos nossos jovens, utilizando a
tecnologia para resolver problemas e causas sociais”. As declarações são de
João Baracho, diretor executivo do CDI.
Na última semi-final desta edição da Apps for Good participam três
equipas de jovens entre os 10 e os 18 anos, que poderão mostrar as Apps que
desenvolveram durante este ano letivo. O projeto vencedor marcará presença na
Fundação Calouste Gulbenkian, no evento final da iniciativa. Os responsáveis da
CDI e das entidades educativas da região mostram-se, no mesmo comunicado,
particularmente satisfeitas com a implementação da iniciativa na região,
esperando que possa motivar os mais novos a testar as suas capacidades (textoda jornalista Margarida Vaqueiro Lopes na Exame)
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