Há cinco grupos
de construtoras nacionais na corrida à construção do novo terminal de cruzeiros
do porto de Lisboa, um processo foi efectuado através de convite, com uma lista
restrita acertada entre o dono de obra, a concessionária LCT -Lisbon Cruise
Terminal e o consórcio que irá ser responsável pela gestão da obras, composto
pelo Focus Group e pelos espanhóis da JG_Inginieros.
O Diário
Económico sabe que na passada segunda-feira entraram cinco propostas para
assegurar esta empreitada, apresentadas pela Mota-Engil; Teixeira Duarte e AFA,
além dos consórcios formados pela Alves Ribeiro com a Ramos Catarino; e da
Ferreira Build Power com a HCI. Dos convites efectuados, apenas uma construtora
espanhola rejeitou apresentar proposta para concretizar este empreendimento.
De acordo com as
informações recolhidas pelo Diário Económico junto de diversas fontes ligadas
ao processo, as propostas oscilam no intervalo entre os 20 e os 30 milhões de
euros. Recorde-se que o valor de referência indicado pela APL - Administração
do Porto de Lisboa para esta empreitada ascendia a 22,7 milhões de euros.
Além das
construtoras mais conhecidas, surgem nesta corrida duas empresas do sector com
menos notoriedade. A AFA é uma construtora madeirense criada em 1980 e com
presença não só no território nacional, mas também em mercados africanos, como
a Mauritânia, Senegal e Angola.
A Ferreira Build
Power foi constituída em 1984 e tem algumas obras emblemáticas no seu
historial, como a construção do edifício do terminal de cruzeiros do porto de
Leixões, recentemente concluído. Este grupo ganhou nos últimos tempos mais duas
empreitadas de peso em Portugal: a expansão da fábrica de produção e
transformação de papel ‘tissue' da AMS_(Portucel), em Vila Velha de Ródão, e a
construção do pavilhão desportivo João Rocha, para o Sporting Clube de
Portugal.
A decisão sobre o
vencedor deverá ser tomada até ao final de Agosto, estando previsto que as
obras arranquem no terreno e que estejam concluídas antes do final de 2016,
tendo ocorrido uma ligeira derrapagem face ao que estava inicialmente previsto,
uma vez que o projecto deveria estar concluído entre o final do primeiro
trimestre e o final do segundo trimestre do próximo ano.
O novo terminal
de cruzeiros do porto de Lisboa é um projecto arquitectónico da autoria de
Carrilho da Graça e irá localizar-se entre a doca da Marinha e a estação
ferroviária de Santa Apolónia, inserindo-se num objectivo mais amplo de
requalificação do espaço urbano circundante naquela zona da capital.
O novo terminal
de cruzeiros do porto de Lisboa vai ser gerido pela LCT, empresa formada pelo
consórcio vencedor (ver caixa ao lado), por um período de 35 anos, iniciado a
17 de Julho do ano passado, data da assinatura do contrato entre a LCT e a APL.
O movimento de
cruzeiros no porto de Lisboa tem estado em rota ascendente desde 2010, com
excepção para o ano passado, em que se registou uma quebra de cerca de 10% face
ao ano de 2013, para cerca de 500 mil passageiros. No entanto, no início de
2015, a APL previa uma recuperação já para este ano, para cerca de 516 mil
passageiros (texto do jornalista do Economico, Nuno Miguel Silva, com a devida
vénia)
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