terça-feira, agosto 11, 2015

Cinco grupos na corrida ao terminal de cruzeiros do porto de Lisboa. A AFA do madeirense José Avelinho Farinha está entre eles

Há cinco grupos de construtoras nacionais na corrida à construção do novo terminal de cruzeiros do porto de Lisboa, um processo foi efectuado através de convite, com uma lista restrita acertada entre o dono de obra, a concessionária LCT -Lisbon Cruise Terminal e o consórcio que irá ser responsável pela gestão da obras, composto pelo Focus Group e pelos espanhóis da JG_Inginieros.
O Diário Económico sabe que na passada segunda-feira entraram cinco propostas para assegurar esta empreitada, apresentadas pela Mota-Engil; Teixeira Duarte e AFA, além dos consórcios formados pela Alves Ribeiro com a Ramos Catarino; e da Ferreira Build Power com a HCI. Dos convites efectuados, apenas uma construtora espanhola rejeitou apresentar proposta para concretizar este empreendimento.
De acordo com as informações recolhidas pelo Diário Económico junto de diversas fontes ligadas ao processo, as propostas oscilam no intervalo entre os 20 e os 30 milhões de euros. Recorde-se que o valor de referência indicado pela APL - Administração do Porto de Lisboa para esta empreitada ascendia a 22,7 milhões de euros.
Além das construtoras mais conhecidas, surgem nesta corrida duas empresas do sector com menos notoriedade. A AFA é uma construtora madeirense criada em 1980 e com presença não só no território nacional, mas também em mercados africanos, como a Mauritânia, Senegal e Angola.
A Ferreira Build Power foi constituída em 1984 e tem algumas obras emblemáticas no seu historial, como a construção do edifício do terminal de cruzeiros do porto de Leixões, recentemente concluído. Este grupo ganhou nos últimos tempos mais duas empreitadas de peso em Portugal: a expansão da fábrica de produção e transformação de papel ‘tissue' da AMS_(Portucel), em Vila Velha de Ródão, e a construção do pavilhão desportivo João Rocha, para o Sporting Clube de Portugal.
A decisão sobre o vencedor deverá ser tomada até ao final de Agosto, estando previsto que as obras arranquem no terreno e que estejam concluídas antes do final de 2016, tendo ocorrido uma ligeira derrapagem face ao que estava inicialmente previsto, uma vez que o projecto deveria estar concluído entre o final do primeiro trimestre e o final do segundo trimestre do próximo ano.
O novo terminal de cruzeiros do porto de Lisboa é um projecto arquitectónico da autoria de Carrilho da Graça e irá localizar-se entre a doca da Marinha e a estação ferroviária de Santa Apolónia, inserindo-se num objectivo mais amplo de requalificação do espaço urbano circundante naquela zona da capital.
O novo terminal de cruzeiros do porto de Lisboa vai ser gerido pela LCT, empresa formada pelo consórcio vencedor (ver caixa ao lado), por um período de 35 anos, iniciado a 17 de Julho do ano passado, data da assinatura do contrato entre a LCT e a APL.

O movimento de cruzeiros no porto de Lisboa tem estado em rota ascendente desde 2010, com excepção para o ano passado, em que se registou uma quebra de cerca de 10% face ao ano de 2013, para cerca de 500 mil passageiros. No entanto, no início de 2015, a APL previa uma recuperação já para este ano, para cerca de 516 mil passageiros (texto do jornalista do Economico, Nuno Miguel Silva, com a devida vénia)

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