Manhãs tranquilas numa aldeia Alentejana. Um dia... o padre estava em frente da igreja quando viu passar a Antónia de uns 9 ou 10 anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida, ar angelical, conduzindo meia dúzia de cabras. Era com esforço, que a criança conseguia reunir as cabras e fazê-las andar. O padre observava o seu trabalho. Começou a imaginar se aquilo não seria um caso de exploração, de trabalho infantil e foi conversar com a menina.
- Olá Antónia. O que estás a fazer com essas cabras?
- Vou levá-las ao bode para as cobrir, Sr. Padre. Vou levá-las para o monte do Ti Chico Carlos.
- És capaz de me explicar uma coisa Antónia! Porque não são o teu Pai ou os teus irmãos a fazer isso?
- Já fizeram... Mas elas não emprenham... Tem que ser mesmo um bode!...
- Olá Antónia. O que estás a fazer com essas cabras?
- Vou levá-las ao bode para as cobrir, Sr. Padre. Vou levá-las para o monte do Ti Chico Carlos.
- És capaz de me explicar uma coisa Antónia! Porque não são o teu Pai ou os teus irmãos a fazer isso?
- Já fizeram... Mas elas não emprenham... Tem que ser mesmo um bode!...