Segundo
os jornalistas do Expresso, Bárbara Rala e Rui Cardoso (Carlos Paes fez a
infografia), “os automóveis da marca Audi que o Governo vai sortear a partir de
abril podem implicar um encargo mensal de manutenção entre os 315 e os 365
euros, apurou o Expresso junto de fontes do sector automóvel. O Expresso pediu
uma estimativa dos custos mensais de utilização dos modelos em causa (52
modelos A4 2.0 TDI 136cv e dois modelos A6 2.0 TDI 177cv, ambos com caixa
manual, pintura metalizada e nível de equipamento base) à consultora 4Fleet,
que representa a FleetData no mercado nacional e elabora análises de custos de
utilização dos diferentes modelos à venda em Portugal. Dentro da grelha
habitual de análise da referida consultora (horizonte de 48 meses, 2.500
quilómetros percorridos em média por mês, manutenção/revisões, gasto de dois
jogos completos de pneus e consumos de combustível segundo os valores do
fabricante), chega-se a valores de 315 euros por mês para o Audi A4 e de 365
euros para o modelo superior. Estes valores incluem IVA e têm em conta o custo
mensal do seguro obrigatório contra terceiros. Se em vez deste seguro básico o
proprietário optar por um seguro contra todos os riscos, os encargos respetivos
aumentarão pelo menos quatro vezes. Trata-se de uma estimativa média, já que
quem faça menos quilómetros por mês logicamente gastará menos em manutenção,
desgaste de pneus e combustível. Apenas o valor do imposto automóvel é fixo
(191,75 euros para o A4 e 224,50 euros para o A6). Em contrapartida, os valores
indicados nas tabelas dos fabricantes para os consumos correspondem a
homologações nos testes europeus, muito difíceis de obter em condições reais de
utilização, seja em cidade, seja em estrada -isto é, tendem a estar
subvalorizados. Feita a simulação de seguros automóveis em três seguradoras
portuguesas, é visível que um seguro apenas contra terceiros com a modalidade
básica (sem quebra de vidros incluída) para um A4 tem um custo médio anual de
350,22 euros, que aumenta cerca de 35 euros se for acrescentada a cláusula
'quebra isolada de vidros' (em média 384,84 euros). Em relação ao A6, a média
de seguro anual idêntico ronda os 379,81 euros (ou 404,54 euros com a inclusão
de 'vidros'). As simulações foram feitas tendo por base uma condutora de 40
anos, com carta há 20, residente em Lisboa e sem sinistros automóveis.
Quem
se habilita e quem se exclui?
Estão
habilitados ao sorteio Fatura da Sorte todos os contribuintes que tenham pedido
faturas com número de identificação fiscal, independentemente do sector de
atividade, que se refiram à aquisição de bens e de serviços e emitidas a partir
de 1 de janeiro de 2014. As contas mensais de serviços como água e
eletricidade, cujas faturas são enviadas para o consumidor já com número de
contribuinte, estão assim a concurso. Por sua vez, faturas relativas a
aquisições no sector empresarial, mesmo que efetuadas por pessoas singulares ou
atividades desenvolvidas no âmbito do exercício de profissões livres, não são
consideradas elegíveis. Todos os meses, a partir de abril deste ano, a
Autoridade Tributária vai facultar um cupão de acesso ao sorteio semanal de
automóveis Audi A4 e A6, por cada dez euros em fatura, ou soma do valor total
de faturas que tenham o número de identificação fiscal, incluindo impostos em
que cada pessoa singular conste como comprador e que sejam elegíveis para o
sorteio. Os cupões "fatura da sorte" são enviados por email e SMS,
mas também podem ser consultados na área pessoal do contribuinte no Portal das
Finanças. A extração será repetida durante as seguintes 52 semanas, estando
previstos 54 sorteios, dois deles semestrais, um em junho e outro em dezembro,
onde são entregues dois Audi A6. O último sorteio desta fase está agendado para
31 de março de 2015. Segundo o Expresso apurou junto do Ministério das
Finanças, caso o contribuinte premiado pretenda reclamar o prémio mas com a
intenção de vender de pronto, poderá fazê-lo sem qualquer obrigação de manter o
Audi na sua posse durante algum tempo. O IVA e as despesas administrativas e de
preparação são suportados inteiramente pelo governo”.