domingo, abril 07, 2013

Por onde começar?

Há quem ache que PPC devia começar pela redução dos deputados. Concordo. De facto falou-se na redução dos 230 deputados actuais para 180 ou mesmo 150. Durante dois anos realizaram-se negociações, entre PSD e CDS e mesmo o PS, também para a redução da composição dos chamados executivos camarários, negociações essas que falharam. Ou seja, quando se fala numa reforma política com essa dimensão, obviamente que as coisas depois esbarram noutras dificuldades que transcendem a lógica. Aliás, e apenas como exemplo, julgam que será possível por exemplo, alterar a lei eleitoral regional, para que a Assembleia Legislativa da Madeira disponha de um novo modelo eleitoral, de maior proximidade entre eleitores e eleitos e para um total de 25 ou 29 deputados em vez dos actuais 47? Obviamente que não. Claro que os problemas do país não se resolvem com a mera redução do número de deputados. Criou-se um embuste político oportunista à volta deste tema. Só os custos reais com PPPs e Scuts dariam para pagar a Assembleia da República na sua composição (e orçamento) actual por mais de 200 anos ou mais! Mas nessas PPPs, nas SCUTs, nas rendas da energia, no sector empresarial público, etc, ninguém toca. Há muitos interesses financeiros e bancários associados a estas tramóias todas que secam o orçamento de estado.