Perante o que penso ser a inevitável demissão do governo de coligação - demasiado incompetente e impreparado para esta tarefa governativa, até porque chegou ao poder à custa da mentira e do embuste - existem duas soluções que considero precárias: ou o PR no actual quadro político-parlamentar, encontra uma alternativa, com o PSD a indicar um novo primeiro-ministro, dada a maioria parlamentar existente, ou avança com uma solução governativa alargada ao PS, liderada por uma personalidade do PSD - mas este cenário teria sempre muitas dificuldades dada a recusa do PS em se envolver em qualquer solução sem eleições - ou avança para eleições. Em qualquer dos casos Cavaco tem que convocar o Conselho de Estado ao mesmo tempo que o país precisa, face à decisão do TC, de um orçamento rectificativo que estou convencido já não será elaborado pelo funcionário bancário Gaspar.