Sabia que, conforme noticia o Diário Económico, que "o passivo da Carris disparou para 902,9 milhões de euros em 2009, mais 109,7 milhões do que em 2008, quase tanto quanto custaram os dois submarinos comprados por Portugal à Alemanha, escreve hoje o 'Público'. No seu mais recente relatório e contas, a transportadora reconhece que a sua estrutura financeira "continua cada vez mais desequilibrada". "A Carris continua a financiar a sua actividade com recurso ao sistema financeiro, através de endividamento de curto prazo, o qual é posteriormente consolidado", refere o relatório. A dívida da empresa custa 25 mil euros por dia, só em juros, pelos empréstimos pedidos para conseguir manter a funcionar a actual frota. Somados, os empréstimos de curto, médio e longo prazo da Carris totalizam 608 milhões, e o seu reembolso revela-se um problema complicado, numa altura em que o volume de negócios da empresa registou um decréscimo de 9,2 milhões. A transportadora pede agora ao Estado que encontre soluções para a resolução do problema, uma vez que a lei estabelece que situações deste género - o capital próprio negativo eleva-se aos 734 milhões - podem levar à dissolução das empresas, caso não exista reforço de verbas.Parte das dificuldades financeiras da Carris são, de resto, da responsabilidade do Estado, que tem sido mau pagador. Depois de impor à empresa descontos nos passes para jovens e estudantes, o Estado tem-se atrasado sistematicamente a reembolsar a transportadora por esta perda de receitas. Neste momento ainda não liquidou as verbas relativas ao primeiro semestre do ano. O relatório e contas de 2009 revela ainda que o presidente ganha sete mil euros ilíquidos mensais, mais um prémio anual variável, enquanto os vogais se ficam pelos seis mil".
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