Escreve a jornalista Ana Tavares do Publico que "os maiores anunciantes aumentaram os gastos em anúncios na maior rede social do mundo no ano passado. O Facebook ultrapassou já os 500 milhões de utilizadores. O Facebook está a tornar-se um investimento cada vez mais atractivo para os clientes que pretendem, através do online, atrair um público mais amplo. A administradora responsável pela área operacional (Chief Operating Office, COO) do Facebook, Sheryl Sandberg, revelou numa entrevista que os gastos com anúncios na rede cresceram 10 vezes no ano passado, mas que em alguns casos, os aumentos foram de 20 vezes ou mais. Ainda assim, revela a administradora, os preços dos anúncios têm-se mantido os mesmos. “Há dois anos que as grandes marcas trabalham connosco”, revelou Sandberg, sem contudo revelar os nomes dos clientes que mais gastam em publicidade no Facebook. "Eles [os clientes] começaram a pagar espaço [publicitário] há um ano. Agora, estão a ficar maiores”, declarou a COO. Tratando-se de uma empresa de capital fechado, o Facebook recusa-se a revelar dados acerca das firmas em causa. Segundo a agência Bloomberg, o Facebook tem persuadido os seus anunciantes a aumentarem o ritmo de investimentos, de forma a conseguirem lucrar ainda mais com os já 500 milhões de utilizadores desta rede social. Actualmente, os utilizadores não pagam para utilizar o site. De acordo com a eMarketer, uma empresa que analisa marketing digital, os gastos com publicidade deverão aumentar 13 por cento para os 8.560 milhões de dólares nos Estados Unidos só este ano, após um ganho de 4,5 por cento em 2009. O dono da já maior rede social do mundo, Mark Zuckerberg, pode assim adiar a anunciada oferta pública de venda (OPV) até 2012, tendo mais tempo para angariar mais vendas e atrair um maior número de utilizadores, segundo adiantou fonte próxima do mesmo à agência Bloomberg. O Facebook foi recentemente avaliado em 25 mil milhões de dólares (19 mil milhões de euros ao câmbio actual). Vaughan Smith, director de desenvolvimento corporativo do Facebook, afirmou que a rede social tem-se concentrado principalmente em empresas que estão a começar e que têm pouco pessoal (startups), mas vai começar a olhar para as companhias maiores. “Quanto mais crescemos, mais estável fica a nossa plataforma. Espero que façamos aquisições mais significativas”, disse Smith numa entrevista. Por cada novo utilizador, o Facebook angaria mais páginas para a colocação de anúncios, originando assim um aumento no inventário de páginas com publicidade, revelou a COO. Criado em 2004 por Mark Zuckeberg, na Universidade de Harvard, o Facebook disponibiliza aos utilizadores a partilha de fotografias, vídeos, mensagens e outros tipos de informação com grupos de amigos. O Facebook tornou-se o quarto local online mais visitado nos Estados Unidos em 2009, segundo dados da ComScore Inc, sendo apenas ultrapassado pelo Google, Yahoo e Microsoft. Segundo a Bloomberg, as vendas do Facebook poderão subir para os 1,4 mil milhões de dólares já este ano. Com sede em Palo Alto na Califórnia, a companhia tem como maior receita a publicidade. Entre os clientes estão nomes como a Coca-Cola, JP Morgan Chase e Adidas. O crescimento futuro do Facebook vai depender, em parte, de a empresa conseguir ou não superar as preocupações geradas quanto à privacidade dos utilizadores. Segundo a Bloomberg, já vários grupos de consumidores e legisladores alegaram que o Facebook não cumpre as regras necessárias de protecção das informações pessoais dos seus utilizadores, disponíveis nos perfis. Por outro lado, a existência de redes sociais rivais, como o Twitter, ameaça o crescimento do Facebook no espaço online”.
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