Mais uma cena com o "bufo" de Sócrates (o das escutas)...
Segundo o DN de Lisboa, num texto da jornalista Pula Sá, "Rui Paulo Figueiredo é o adjunto de Sócrates envolvido no caso das escutas a Belém. Rui Paulo Figueiredo, o adjunto do Gabinete de José Sócrates, cujo nome apareceu envolvido na polémica das escutas a Belém, entrou na primeira proposta de nomes para o novo Conselho Consultivo do Observatório de Segu- rança, Criminalidade Organiza- da e Terrorismo (OSCOT), mas acabou por ser afastado por decisão dos novos órgãos dirigentes. José Manuel Anes, presidente do OSCOT, explicou ao DN que a versão final da lista ao Conselho Consultivo só estará fechada no dia 23, altura em que a equipa dirigente da associação sem fins lucrativos toma posse. "Uma vez que somos uma associação independente, queremos evitar a entrada de pessoas que exerçam funções governativas ou que estejam em gabinetes." Foi esta a justificação dada por José Manuel Anes para Rui Paulo Figueiredo não ter ficado no Conselho Consultivo. O nome de Rui Paulo Figueiredo apareceu envolvido na polémica das alegadas escutas do Governo a Belém. Tudo começou numa viagem de Cavaco Silva, em que participou o adjunto de José Sócrates, embora o responsável governativo pela ligação com as regiões autónomas, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, também integrasse a comitiva. Nessa visita, o adjunto do primeiro-ministro comportou-se alegadamente de um modo que levantou suspeitas na Presidência da República de que pretendia ter acesso a informações que não eram da sua competência. Este episódio desencadeia o caso que também envolveu o assessor de imprensa de Aníbal Cavaco Silva, Fernando Lima. Agora, Rui Paulo Figueiredo iria figurar nos novos corpos dirigentes do OSCOT, para onde entrou o socialista e ex-governante Ascenso Simões (conselho diretivo) e os sociais-democratas Fernando Negrão e Ângelo Correia (ver texto ao lado), que irão integrar o Conselho Consultivo. "No primeiro caso, trata-se de um ex-secretário de Estado da Administração Interna que já não exerce funções governativas", justificou José Manuel Anes. Quanto a Negrão, actual deputado do PSD, a sua experiência como antigo director da PJ é mais do que suficiente para justificar o convite para integrar o Observatório. José Manuel Anes afirma que a constituição da lista para o Conselho Consultivo do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo foi agitada porque "não estávamos à espera da demissão do dr. Jorge Bacelar Gouveia". Jorge Bacelar Gouveia, actual deputado do PSD, demitiu-se da presidência do OSCOT em Dezembro do ano passado. Justificou a sua decisão com a intensa actividade partidária, numa carta entregada ao então presidente da Assembleia Geral da associação. No entanto, o desagrado que as suas críticas ao Governo, enquanto deputado social-democrata, terão causado junto de outros elementos do OSCOT foi apontado como a causa decisiva para a sua saída. Na nova direcção do Observatório, o general Loureiro dos Santos vai presidir à Mesa da Assembleia Geral e o general Garcia Leandro ao Conselho Consultivo".
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