Segundo li no Publico, "o ex-ministro do PSD Nuno Morais Sarmento desafina da direcção do seu partido e é contrário à apresentação de um projecto para criminalizar o enriquecimento ilícito, anunciado pela presidente social-democrata, Manuela Ferreira Leite, há duas semanas. No frente-a-frente com Vera Jardim, deputado do PS, no programa Falar Claro, da Rádio Renascença, Morais Sarmento garantiu que "seguramente" não subscreve o projecto apresentado pelo PSD quando Marques Mendes era líder do partido. "Não seria muito sensato repetir a apresentação desse projecto."Para o presidente do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, há uma "aparente vantagem" desta solução" na "investigação e punição" deste tipo de crimes, dado que "já é possível punir este tipo de comportamento", quer pela via fiscal quer pela via criminal, através de outros crimes tipificados na lei". O problema é "a operacionalidade da justiça" e a lentidão do sistema "não beneficiaria ninguém" - "nem os operadores da Justiça, nem a eficiência do sistema, nem a punição dos criminosos nem o descanso dos cidadãos". Os "inconvenientes", concluiu, seriam "muito maiores do que as vantagens". Realmente cheira a esturro. Sempre que se fala em tomar medidas concretas contra determinadas patifarias, entre as quais o enriquecimento ilícito aparecem logo umas vozes a travar tudo, hoje por causa de uma coisa, amanhã por causa de outra, num consenso que estranhamente se generaliza, muito acima de divergências e radicalismos partidários ou políticos. Como diz o povo, há coisas que não cheiram a esturro, elas tresandam...
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