Em 2008, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 146 609 aeronaves em voos comerciais, a que correspondeu o transporte de 28,1 milhões de passageiros, ambos com acréscimos homólogos de 2,7%, reflectindo um abrandamento face a 2007, mais acentuado no transporte de passageiros que nesse ano registou um aumento face a 2006 de 8,6%. Considerando os aeroportos de maior dimensão, no que se refere ao movimento de passageiros é de assinalar o forte aumento registado em 2008 no Aeroporto Francisco Sá Carneiro (Porto), com um acréscimo de 13,7% e os aumentos verificados nos aeroportos de Lisboa (+1,6%) e da Madeira (+2,5%), tendo o aeroporto de Faro registado um ligeiro decréscimo (-0,4%). No movimento de carga e correio, o conjunto da infra-estrutura aeroportuária do país registou um acréscimo de 3,9%. Valores ainda positivos num ano em que o sector foi penalizado pelo aumento do preço dos combustíveis e, sobretudo a partir do final do ano, pela crescente crise económica internacional, originando a consequente retracção na mobilidade das populações. Analisando o sentido dos movimentos de passageiros, verifica-se que desembarcaram 13,8 milhões de passageiros e embarcaram sensivelmente o mesmo número de passageiros (13,9 milhões). De registar que cerca de 313 mil movimentos corresponderam a passageiros em trânsito directo.
Em 2008, o tráfego internacional de passageiros representou 81,2% do total do tráfego. Complementarmente, o tráfego nacional representou 18,8%, maioritariamente em tráfego territorial (11,9% do total) e os restantes 6,9% corresponderam a tráfego interior. Nos voos não regulares, que representaram cerca de 10,4% do total do movimento de passageiros, 97,4% dos passageiros tiveram como origem ou como destino um aeroporto localizado fora do território nacional; já nos voos regulares (89,6% do total do tráfego), os passageiros de e para o estrangeiro representaram 79,3%.
O tráfego internacional de passageiros distribuiu-se pelo espaço Schengen com 52,9%, pela União Europeia – não Schengen com 27,8% e os remanescentes 19,3% para fora da União Europeia. Considerando as nacionalidades dos operadores de transporte aéreo, verifica-se que os operadores nacionais foram responsáveis pelo transporte de 46,9% do total de passageiros, sendo que no tráfego internacional de passageiros, essa proporção desce para 35,1%. Dos operadores estrangeiros que operaram neste período, destacaram-se o Reino Unido com 18,6% do total de tráfego de passageiros, a Alemanha com 7,5%, a Irlanda com 6,3% e a Espanha com 5,1%.
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