Li no DN de Lisboa, num texto do jornalista Pedro Fonseca que "apesar da situação das empresas de media, os consumidores permanecem interessados nas notícias, revela a sexta edição do "State of the News Media", do Pew Research Center. O estudo sobre 2008 foca-se principalmente nos media norte-americanos mas fornece pistas interessantes para a indústria em geral. Dois factores fizeram-se notar: o número de acessos online a meios electrónicos cresceu mas sem correspondente retorno financeiro, e a crise económica atingiu duramente as empresas de media e anunciantes, afectando o aparecimento de novas soluções criativas e lucrativas. O tráfego para os maiores 50 sites noticiosos cresceu 27% mas a indústria não sabe "como converter esta mais activa audiência online em lucro". Isto quando a Internet e a televisão por cabo foram os media em que aumentaram consumidores. A adopção do modelo de pagamento deste tipo de televisão é sugerido para os media online. A adesão a um conjunto de títulos teria a assinatura agregada à factura mensal do serviço de acesso à Internet. Se há algum consenso sobre o modo de financiamento dos media "é o de que não há uma única fonte de receitas", diz o relatório. Com este debate sobre o financiamento da indústria, o estudo antecipa outras tendências, como a mudança do poder dos jornalistas e das instituições jornalísticas para o "trabalho de autores individuais e vozes", a aposta não em trazer audiências mas em levar-lhes as notícias ou as parcerias entre meios antes concorrentes. A comunicação social "não é uma indústria a morrer", afirmou o director do projecto Tom Rosenstiel, que acrescentou ainda: "É uma indústria desorientada". Aos mais interessados recomendo o acesso a este documento, aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário