quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Os numeros do turismo

Em Dezembro de 2008, a hotelaria registou 1,8 milhões de dormidas, o que representa um decréscimo de 10,4% relativamente a Dezembro de 2007. Para esta redução contribuíram tanto os não residentes (-14,4%), como os residentes (-4,5%). Os proveitos totais atingiram 92 milhões de euros e os de aposento 55,2 milhões, ambos revelando igualmente quebras homólogas de 16% e 13,5%, respectivamente. A nível nacional, os resultados preliminares de 2008 acompanham a tendência internacional, tendo os estabelecimentos hoteleiros acolhido 13,5 milhões de hóspedes que originaram 39,2 milhões de dormidas, correspondendo a variações homólogas de +0,7% e de -1,5%, respectivamente. No entanto, a evolução por semestre revela uma nítida inversão da tendência, já que no primeiro semestre ambos os indicadores registaram crescimentos homólogos de 4,2% para os hóspedes e 1,3% para as dormidas, enquanto que no segundo decresceram 2,1% e 3,6%, respectivamente. Os não residentes contribuíram com 26,2 milhões de dormidas, o que representa um decréscimo de 2,1% em comparação com os resultados do ano anterior, enquanto que os residentes apresentam um valor praticamente igual ao de 2007 – cerca de 13 milhões de dormidas, equivalendo a uma variação homóloga ligeiramente negativa (-0,1%). Do total de dormidas, cerca de 70% correspondem aos não residentes.
Em 2008, os principais mercados emissores continuaram a ser o Reino Unido, a Alemanha, Espanha, os Países Baixos, França, a Irlanda e a Itália que, no seu conjunto, representaram 74,6% do total de dormidas de não residentes. Destes mercados, apenas a França e os Países Baixos revelaram um desempenho positivo em 2008, com aumentos homólogos nas dormidas de 10,4% e 7,2%, respectivamente. Os restantes, apresentaram uma evolução negativa, com decréscimos de 9,2% para Espanha, 7,9% para a Itália, 5% para o Reino Unido, 4,8% para a Alemanha e 2,5% para a Irlanda. As principais regiões de destino dos não residentes foram o Algarve (40,9% do total de dormidas), Lisboa (22,6%) e Madeira (20,7%). Os residentes elegeram igualmente o Algarve como primeira escolha (26,9%), seguindo-se Lisboa (19,3%), o Centro (19,0%) e o Norte (18,6%).


Dormidas
A evolução do total das dormidas a nível regional é predominantemente negativa, mantendo a tendência já verificada nos meses anteriores. A região de Lisboa apresentou a maior quebra homóloga (-15,7%), seguindo-se o Algarve (-15,5%), o Alentejo (-13,5%), a Madeira (-6,9%) e o Norte (-4,3%). O Centro revelou uma relativa estabilidade (-0,6%), enquanto que a Região dos Açores foi a única a evoluir positivamente (+5,1%). Os resultados negativos de Lisboa devem-se principalmente a uma redução da procura dos seus principais mercados emissores, nomeadamente o espanhol, responsável por cerca de 30% das dormidas de não residentes, e que apresentou um decréscimo homólogo de 16,8%. Situação semelhante aconteceu no Algarve, onde o mercado britânico (cerca de 50% das dormidas de não residentes) apresentou uma quebra homóloga de 26%, a que poderá estar também associada a forte desvalorização da libra relativamente ao euro. Pelo contrário, os Açores beneficiaram do aumento da procura por parte dos seus principais mercados, principalmente o dinamarquês, que, representando 45% do total de dormidas de não residentes, apresentou um crescimento homólogo de 31%, em grande medida associado ao movimento de operadores turísticos junto deste mercado. Os principais destinos dos não residentes foram a Madeira, Lisboa e Algarve, tendo os residentes optado preferencialmente pelo Centro, Norte e Lisboa.

Em Dezembro de 2008, a taxa de ocupação-cama nos estabelecimentos hoteleiros (hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos, aldeamentos turísticos, motéis, pousadas, estalagens e pensões) situou-se nos 22,8%, inferior em 3,7 p.p. à do mês homólogo do ano anterior.

Proveitos
Os resultados preliminares de 2008, quando comparados com o ano anterior, registam uma evolução ligeiramente positiva, quer dos proveitos totais (+0,9%), quer dos de aposento (+1,6%), que corresponderam a 1 960,4 milhões e 1 322,4 milhões, respectivamente. O rendimento médio por quarto foi de 29,6€, valor inferior ao de 2007 em 6,3%. No entanto, a evolução destes indicadores no mês de Dezembro é fortemente negativa, já que os estabelecimentos hoteleiros registaram 92 milhões de euros de proveitos totais e 55,2 milhões de euros de proveitos de aposento, o que se traduz em quebras de 16% e 13,5%, respectivamente, quando comparados com Dezembro de 2007. Também o rendimento médio por quarto, mantendo a tendência verificada nos últimos meses, apresenta uma variação homóloga acentuadamente negativa (-16,7%), tendo-se situado nos 16K. As regiões onde se observaram os valores mais elevados para este indicador foram a Madeira e Lisboa (27,5€ e 23,3€, respectivamente), embora esta última tenha apresentado a maior quebra homóloga (-32,5%). Considerando o tipo de estabelecimento, verifica-se que as pousadas registaram o valor mais elevado do RevPar (28,4€), seguindo-se os motéis (23,5€), as estalagens (20,5€) e os hotéis (19€). Todos estes tipos de estabelecimentos registaram variações negativas relativamente a Dezembro de 2007, destacando-se os hotéis e as pousadas, com decréscimos próximos dos 20% (fonte: INE)

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