sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Jaime Ramos"atira-se" a Cavaco

O líder parlamentar e secretário-geral do PSD, Jaime Ramos, atira-se com alguma violência contra Cavaco Silva no editorial do "Madeira Livre" a ser distribuído durante o mês de Março:
"O Senhor Presidente da República que foi eleito também com os votos dos Portugueses da Madeira e do Porto Santo, disse recentemente que “Exportar é a única solução Nacional”!
Os Madeirenses e Portosantenses tinham e têm no Senhor Presidente da República a única esperança de repor a legalidade das atrocidades e injustiças que o Governo de Sócrates tem feito à Madeira e aos Madeirenses em geral.
Mas, passados mais de 2 anos temos assistido a uma passividade e cumplicidade com o Governo de Sócrates deveras preocupante quanto ao futuro da nossa Região.
Chegou o momento de dizer Basta!
Já estamos no limite da paciência!
Assistimos diariamente à publicação de legislação que tem como objectivo bloquear a Região Autónoma da Madeira no que diz respeito ao seu desenvolvimento económico e social o que constitui uma agressão que atingiu os limites do tolerável!
Além da conhecida alteração da Lei de Finanças Regionais, que “roubou” à Madeira mais de 600 milhões de euros para dar aos Açores e aos Portugueses do Continente, recentemente com a aprovação pela maioria socialista do Orçamento Suplementar foi feito nova ofensiva aos Madeirenses e Portosantenses.
Enquanto a nível Nacional foi alterado o deficit público de 2.7 para 3.9, para fazer face aos investimentos públicos que são necessários para o crescimento económico e colocar massa monetária em circulação, nega-se à Região Autónoma da Madeira a possibilidade de endividamento para investimentos e projectos Comunitários!
A Madeira tem capacidade de endividamento em percentagem muito superior à Nacional, mas para estrangular o Povo da Madeira, não se autoriza!
Se a crise económica que Sócrates e o Partido Socialista implantou em Portugal nos últimos anos, só tem solução em parte com o aumento do endividamento público, a Madeira também tem de ter a sua quota-parte. Não autorizar é marginalizar! É um acto de “separatismo”!
Temos esperança que o Senhor Presidente da República, não promulgue este Orçamento Suplementar que é uma vergonha e discrimina a Região Autónoma da Madeira.
Se por ventura o fizer, os Madeirenses terão de reflectir e pensar muito no seu futuro.
O Governo Regional, as Câmaras Municipais da Região e os Institutos Públicos têm tido até agora imaginação suficiente para que a economia não pare, mas não há milagres em economia!
Se para salvar Portugal do naufrágio que o Partido Socialista foi o timoneiro é necessário investimento público, a Madeira como Região Portuguesa não pode ficar fora desse investimento.
Em tempos recentes, segundo os socialistas, fazer investimento público, era considerado investimento no betão e no alcatrão.
Actualmente para os Socialistas e sociais-fascistas da esquerda, fazer obras públicas já não é betão nem alcatrão, mas sim desenvolver a economia.
Aqui está a prova do cinismo e incompetência desses senhores da oposição!
É este tipo de postura e de preconceito que demonstra a oposição que temos na Região e a qualidade de Governo que “desgoverna” Portugal!
A solução, como diz o Senhor Presidente da República, é a “exportação” mas não só de produtos fabricados em Portugal mas também dos membros do Governo Socialista e da oposição na nossa Região.
Sampaio por menos e sem qualquer fundamentação demitiu o Governo de Santana Lopes.
Este “desgoverno” incompetente não é demitido nem exportado!
Por quanto mais tempos vamos suportar estas Injustiças!"
Eu continuo na mesma: há estratégias que, em determinados momentos, me causam alguma confusão. Mas o defeito deve ser meu, provavelmente por ser mais "burro que um calhau". Os Madeirenses, todos sem excepção, esses de certeza percebem o que se passa. Afinal como é que se pode conseguir seja o que for - sem que esteja a fazer a apologia da submissão - andando à porrada com todos? Das três uma: ou a ideia é não resolver nada, ou há uma fé demasiado grande num desfecho eleitoral que a não acontecer vai ser do bom e do bonito, ou afinal o que importa é deixar tudo como está? Digam-me lá porque não percebo nada... Julgo que os tempos não são para andar a brincar com coisas sérias. E isto nada tem a ver com o texto de JR porque acho que ele é coerente com o que tem afirmado. Mas eu sinto-me totalmente liberto para abordar a questão do enquadramento presidencial no contexto autonómico, presente e futuro, até porque não fiz parte do seu movimento de apoiantes, não fiz campanha pelo senhor, não votei nas presidenciais.

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