domingo, fevereiro 01, 2009

Opinião de João Jardim no "Madeira Livre"

Uma Juventude preparada é o título do artigo de opinião de Alberto João Jardim, publicado na edição de Fevereiro do Madeira Livre, publicação do PSD-Madeira:
"Quando da formação do Partido Social Democrata da Madeira, em Agosto de 1974, através de uma integração autónoma de natureza contratual no então PPD nacional, extinguindo-se assim a Frente Centrista da Madeira fundada em Maio anterior, foi a seguir criada a Juventude Social Democrata da Madeira.Tem por fim interessar os Jóvens na participação política activa e, sobretudo, a sua formação de cidadania, na linha dos Valores-Pilares do PSD/Madeira, consagrados logo no I Congresso Regional do Partido – DEMOCRACIA, AUTONOMIA E SOCIAL-DEMOCRACIA.
Vivendo, na linha política do PSD/Madeira, uma Social-Democracia de raiz Personalista em que a Pessoa Humana é a razão e a prioridade da vida colectiva, subordinando-se-Lhe o Estado, as Regiões, as Autarquias e os restantes Entes públicos. Linha política que repudia o Socialismo em que o Estado é prioritário ao Cidadão e a Este pretende regulamentar e controlar excessivamente, através da inflação legislativa e da burocracia que asfixiam a iniciativa, a criatividade, o Direito à diferença e as liberdades individuais.
Linha política que igualmente repudia o Liberalismo. Este considera o funcionamento do mercado, por si só, a solução para a vida das comunidades, facilitando assim a instalação de um capitalismo selvagem que desrespeita e explora os mais desfavorecidos. Linha política do PSD/Madeira que também repudia o totalitarismo ditatorial do comunismo e da extrema-direita, logo o retorno ao «gonçalvismo» e à «Madeira Velha».Linha que defende os Direitos à propriedade privada, bem como à liberdade do mercado, intervencionado sempre que o exija o Bem Comum, e que não confunde estes Direitos intrínsecos à dignidade da Pessoa Humana, com o «sistema capitalista» actualmente descontrolado.
A formação que, no PSD/Madeira, é feita junto da Juventude, consciencializa para a necessária simultaneidade de Direitos e Deveres. Ensina que o preço da Liberdade é a Responsabilidade, e que a preguiça e o desleixo comprometem-Na. Prepara para o culto do Trabalho em liberdade e para o respeito devido a cada Ser Humano, bem como para a imprescindibilidade da Eficiência. Educa para um combate absoluto à corrupção, doa a quem doer. Insiste no indispensável de cada um assumir e ter uma Atitude perante a Vida.
Hoje, em Portugal, a política do partido socialista lesa em particular os Jóvens.
Trouxe incompetência, compare-se promessas e realidade. Trouxe hipocrisia, na medida em que invocando «os mais desfavorecidos», conseguiu diferentemente o apoio do grande Capital, num capitalismo selvagem, destrutivo dos Direitos Sociais.Trouxe empobrecimento, visto que nos afastamos agora cada vez mais dos países da União Europeia, quando anos atrás, com o PSD no Governo da República, então nos aproximávamos.Trouxe um retrocesso à Qualidade de Vida.Trouxe, em comparação com a União Europeia, as piores diferenças em relação aos restantes salários, de quando um Jóvem inicia a sua vida profissional.Trouxe um aumento da taxa de desemprego.
Trouxe uma redução das oportunidades, veja-se a dificuldade, cada vez maior, de um Jóvem obter o primeiro emprego. E trouxe uma máquina de propaganda que vai enganando as populações ainda com o mito «esquerda» - «direita», fazendo-se passar por «esquerda», quando o partido socialista é hoje uma organização sem Valores e Doutrina, limitando-se a funcionar apenas em termos de conquista ou manutenção do Poder. Assim, regista-se nas sondagens portuguesas já uma intenção de voto, de cerca de vinte por cento, nos partidos comunistas, PCP e «bloco». Vinte por cento! Inexistente em qualquer outro País da União Europeia, onde o comunismo nem sequer tem representação parlamentar, ou encontra-se em vias de extinção.
Quando o Povo acordar, o que virá às mãos do Partido Social Democrata? Um Portugal devastado pelos socialistas e com uma Constituição inadequada.
Na Madeira, o adversário principal é o partido socialista.
Não apenas pelas canalhices que, na actual Legislatura, abateu sobre o Povo Madeirense, mas porque foi sempre o partido anti-Autonomia, o chamado «partido de Lisboa», na lógica de só pretender o Poder a qualquer preço, mesmo que este seja o do garrote sobre Madeirenses e Portossantenses.
Temos de responder com uma luta acérrima pelo alargamento das competências da Região, na nossa Autonomia Política irreversível, uma luta que irá até onde necessário.
Nesta luta, a Juventude participa bem e activamente.
Participa, promovendo a Democracia e, sobretudo, a Autonomia Política do Povo Madeirense.
Participa, através da divulgação de Informação junto de outros Jóvens e nas Famílias.
Participa, fazendo Formação cívico-cultural.
Participa, através de campanhas que denunciam as mentiras, as deturpações e a censura nos meios de comunicação social que tal praticam, mas dando toda a solidariedade e colaboração aos Jornalistas profissionalmente isentos e sérios. E não hesita em estar em tudo o que comunicação social, incluso a hostil, onde é preciso penetrar a «toca do lobo».
Participa, usando e aproveitando a Internet e todas as novas tecnologias.
Participa, intervindo ou liderando nas Associações de Estudantes, bem como nas actividades de todas as diferentes organizações das comunidades onde os jóvens vivem.
Participa, distinguindo os que divulgam os Ideais da Juventude Social Democrata, dedicando-se a programas-rádios, em iniciativas de festas, actividades atractivas e vendas de material, estes tantas vezes com humor de qualidade.
No Partido Social Democrata e no tocante à Formação da Juventude, cultiva-se sempre o dom da Alegria, como base fundamental para o sucesso.
Consciencializa-se que o bom resultado de qualquer Mensagem, exige sempre que esta seja inteligente, bem como perceptível por todos.
A Juventude Social Democrata sabe hoje muito bem que, ganhando a Juventude, por arrastamento se ganha o futuro. Quer o futuro imediato, quer o futuro mediato, em termos de poder construir a sociedade ambicionada.
Os Jóvens da Região Autónoma da Madeira percebem que a Autonomia Política terá de prosseguir, e de prosseguir sempre EVOLUTIVA.
Pelas mãos das futuras gerações, vão ser tomadas opções fundamentais sobre o futuro do arquipélago. Muitos foram, estão e serão preparados para assumi-las, seja qual for o risco ou a polémica que envolvam.
Por isso, confio em absoluto".
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