Metade das empresas vale em bolsa menos que o seu capital
É a crise lado a lado com a incompetência, a corrupção, a aldrabice. Imagine que segundo o Jornal de Negócios, num texto dos jornalistas Paulo Moutinho e André Veríssimo, "a forte queda das acções ao longo dos últimos 12 meses atirou metade das empresas do principal índice da bolsa para um valor inferior ao capital dos accionistas. Uma avaliação que pode reflectir uma penalização excessiva das cotadas no actual contexto depressivo, mas também a dúvida dos investidores sobre o impacto da crise no balanço. Warren Buffett, que construiu a maior fortuna do mundo comprando empresas em bolsa, elege a relação entre o valor de mercado de uma cotada e o seu valor contabilístico ou capital próprio como um dos principais indicadores para escolher os seus alvos. Este rácio, que em inglês dá pelo nome de "price/book value", analisa quantas vezes o valor em bolsa reflecte o montante que resulta da diferença entre os activos de uma empresa e o seu passivo. Na prática, é o que sobraria para os accionistas caso a companhia abrisse falência naquele momento. Sempre que o rácio é inferior a um, significa que a empresa está a negociar abaixo do seu valor contabilístico. Uma das utilidades deste indicador é verificar se as empresas estão a negociar a desconto ou a prémio. E, no actual contexto de incerteza, surge como o favorito dos investidores para comparar a avaliação de empresas dentro do mesmo sector, em detrimento da análise da relação entre o valor em bolsa e os lucros".
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