Ainda sobre o mesmo tema escreveu-me um visitante deste blogue - que identificarei como NS - e que também dedica especial atenção ao tema: "(...) Acompanhei com grande interesse as suas reflexões sobre a liberalização da linha aérea Madeira-Continente, porque é algo que a todos diz respeito e tem um impacto enorme numa região, cuja porta de saída é o aeroporto. Não sei como é que foi negociado este processo entre os governos nacional e regional, mas há algo que me choca profundamente - o subsídio ao residente (os famosos 30€ por trajecto). As nossas vizinhas Canárias, tal como a Baleares, têm desde 1 de Fevereiro de 2007 um subsídio de residente de 50% do valor da viagem? (50%!!!). Eu não vejo ninguém abordar este assunto! Regiões mais desenvolvidas que a nossa (para não falar das Baleares que têm um dos melhores níveis de vida de toda a Europa, além da posição geográfica super-privilegiada) com um subsídio tão significativo é notável! Isto sim é garantir a continuidade territorial! Nós por cá, ficamos com um subsidio fixo de 60€, mesmo que a viagem de ida e volta custe 600€! E ainda acham que nos fazem um favor por termos mais um subsídio à disposição! Isto é de facto incrível... É mais uma jogada nojenta do governo da República para com os madeirenses e uma terrível manifestação de incompetência e inabilidade negocial das autoridades regionais. E mais grave que tudo, este subsídio tem regime transitório, o que significa que no futuro pode ser abolido. Garanto-lhe, se algum dia isso viesse a acontecer eu iria até onde fosse necessário (nem que fosse instâncias europeias de justiça), porque constitucionalmente o estado português tem de garantir o mínimo de continuidade territorial às suas regiões insulares. Constitucionalmente tem de existir SEMPRE um subsídio (eficaz - nada próximo dos 10%, do exemplo que acima dei) às deslocações dos portugueses que aqui residem até ao território nacional continental".
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