terça-feira, abril 22, 2008

Hoje é o "Dia da Terra" (III)

"Estratégia climática divide países ricos". Com este título escreve o jornalista Luis Naves, do DN de Lisbosa, que "a mudança do clima será um dos factores dos conflitos no século XXI, mas a sua ligação com a emissão de gases com efeito de estufa é, só por si, motivo de discussões. George W. Bush opôs-se à ratificação do Protocolo de Quioto, de 1997, e resiste às pressões europeias para cortes voluntários. Os EUA são o país decisivo e qualquer avanço dependerá do seu próximo presidente. A UE lidera as reduções a nível mundial, pois concordou em fazer, até 2020, cortes substanciais, primeiro 8% abaixo dos níveis de 1990, depois 20%. Isto possui custos elevados e em Março alguns Estados membros afirmaram ter dúvidas. Entretanto, esta semana, Bush, num gesto criticado no Congresso dominado pelos democratas, anunciou uma proposta voluntária sobre as emissões dos EUA: paragem da subida, até 2025. O Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas afirma que isto não chegará, pois para impedir o aumento da temperatura no planeta terá de haver uma paragem na subida das emissões antes de 2015. Esta organização da ONU divulgou nova estimativa sobre o nível dos oceanos e as perspectivas não são optimistas. Até ao fim do século, o mar pode subir 150 centímetros. Só um metro seria suficiente para deslocar mais de 7o milhões de chineses e 10% da população vietnamita. O Bangladesh, um dos países com maior densidade populacional, perderia um terço do seu território. A alteração dos padrões climáticos pode provocar secas extremas, inundações, fomes localizadas, deslocações maciças de população. Se a camada de gelo do Árctico derreter, haverá consequências geoestratégicas. E a falta de água ou comida agravará conflitos existentes".
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