Revela o jornalista Pedro Ferreira Esteves, do DN de Lisboa, que os Bancos de Wall Street “já despediram 34 mil: é mais uma consequência da crise financeira que atingiu Wall Street há nove meses: depois dos 200 mil milhões de dólares (130 mil milhões de euros) que os bancos tiveram de "limpar" em danos provocados pelos problemas no crédito hipotecário de alto risco (subprime), as instituições financeiras dos EUA já foram forçadas a eliminar um total de 34 mil postos de trabalho. E o número pode crescer nos próximos tempos. Alguns dos maiores bancos de investimento mundiais começaram a despedir funcionários no final de Julho do ano passado. Foi nessa altura que começaram a falir as primeiras empresas de subprime, perante o incumprimento das dívidas pelos seus clientes, incapazes de comportar a subida dos juros dos seus créditos, concedidos sem garantias nem fiadores. Posteriormente, as obrigações ligadas a esses créditos perderam valor. E afundaram as carteiras de muitos produtos de investimento. As unidades dos bancos que lidavam com este mercado tiveram de fechar. E, assim, milhares de trabalhadores perderam o seu posto de trabalho. Desde a crise bolsista de 2001, quando rebentou a "bolha" das tecnológicas, que Wall Street não assistia a tantos despedimentos. Nessa altura, foram eliminados 40 mil postos de trabalho. Nos anos seguintes, esse número chegou aos 90 mil. "Esta crise é muito pior do que a de 2001 e não sabemos quanto tempo irá durar. Os despedimentos podem chegar aos 100 mil", admitiu um especialista, citado pela Bloomberg, numa referência à falta de visibilidade sobre a situação de algumas instituições financeiras que não querem dar uma imagem de fragilidade no pico da actual crise”.
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