No momento da sua saída do Governo Regional, tenho a obrigação de manifestar o meu apoio a João Carlos Abreu. Foi durante anos a face do turismo, criticado por uns, apoiado por outros, a verdade é que ele foi acima de tudo um homem que viveu cada dia à sua maneira, que se empenhou no sector profissional que foi e será o seu, na procura de soluções, na mobilização das pessoas. Foi um exemplo, no plano político, da solidariedade para com Alberto João Jardim de quem, era, eu sei, um dos mais firmes apoios ao longo de todos estes anos. Saiu, em meu entender, no momento próprio, ainda a tempo de tranquilamente e longe do stresse governativo, tudo o que ávida lhe propiciar a partir daqui. Com a sua saída, está-se criar a ideia de que o turismo madeirense vai mudar, de que é preciso começar tudo de novo, que é preciso mudar tudo em termos de promoção, que os empresários privados vão finalmente disponibilizar recursos financeiros para a promoção ou que, inclusivé vão colocar a Madeira de pernas-para-o-ar, como se todos estes anos tenham sido tempo perdido. Acho uma injustiça por parte dessas pessoas, muitas delas sempre olharam para o turismo como um sector gerador de milhares para os bolsos, do que uma actividade económica colocada aos serviço da Madeira e dos madeirenses. Tive o privilégio de conhecer João Carlos Abreu há muitos anos, fui inclusivé colega na redacção do Jornal da Madeira – nessa saudosa redacção constituída por gente boa que, infelizmente, o tempo e a memória curta dos homens rapidamente os atira para o esquecimento – do seu pai, Manuel Abreu, andava eu ainda a “aprender a andar” no jornalismo. A João Carlos Abreu o testemunho de amizade, consideração e respeito.
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