segunda-feira, junho 19, 2023

Farol da Ponta do Pargo: Uma vergonha até que o pior aconteça?






Há coisas, confesso a minha ignorância, que ou não são para entender, fingindo que não existem, ou aparentemente, são o exemplo, mais do que inegável, da lógica do "deixa andar". Quem ontem foi ao farol da Ponta do Pargo, a meio da tarde, confrontou-se com esta situação absurda, intolerável e perigosa de vermos turistas (incluindo alguns que, pela sua idade mais avançada, era suposto terem mais facilmente a noção das linhas vermelhas naquelas circunstâncias...), na maioria dos casos, a se aproximarem de uma zona vedada por sinalética criminosamente ocultada, para sacarem fotos mais ousadas, indiferentes ao risco de quedas que serão sempre mortais naquele local.

Numa terra que fica toda histérica sempre que se fala de turismo, será que esta bandalheira - sim, é disso que falamos - de uma bandalheira e de desleixo por parte de entidades públicas que há muito deveriam ter tomado a iniciativa cautelar e acabado com esta libertinagem - será que estas patifaria abona a nosso favor e constitui uma mais-valia para um destino turístico cada vez mais massificado e onde o "vale tudo" ou o "deixa andar" parecem ser regras de ouro?! Nem os motoristas dos pequenos "mini-bus" que conduziam os turistas são capazes de travar os ímpetos mais idiotas dos passageiros, alertando-os para os riscos e os perigos de decisões ousadas como estas? Francamente alguém que faça alguma coisa, seja o Governo Regional, seja a Câmara Municipal, seja o Papa, seja lá quem for, antes que aconteça uma desgraça naquele local. E quando isso acontecer nem a lógica do sacudir a água do capote ou do lavar as mãos como Pilatos, pegarão. Nesse caso terá a palavra a Justiça (LFM)

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