sábado, maio 02, 2020

Nem com máscara, nem com distância: 82% contra manifestações no 1.º de Maio

Na sondagem TSF/JN, 70% dos inquiridos valorizam o papel dos sindicatos mas não querem manifestações em tempos de Covid-19. Mais de 60% acusam as empresas de aproveitarem a crise para fechar ou despedir.  Até junto dos inquiridos que dizem votar nos partidos de esquerda, existe uma "total" discordância com a existência de manifestações no Dia do Trabalhador. Mesmo com cuidados de distância e uso de máscaras e luvas, 82% estão contra: quase metade dos inquiridos (49%) discordam "totalmente", outros 33% discordam e apenas 12% concordam com manifestações. Nesta sondagem, um quarto dos inquiridos consideram que os sindicatos têm pouca importância, mas 70% valorizam o papel que desempenham. Questionados sobre se os sindicatos têm "muita importância" para a definição das condições de vida dos trabalhadores, apenas 27% respondem afirmativamente. Outros 43% consideram que os sindicatos têm "alguma importância". Entre aqueles valorizam o papel dos sindicatos estão os mais jovens, as classes economicamente mais favorecidas e o eleitorado de esquerda. Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias. Nem com máscara, nem com distância: 82% contra manifestações no 1.º de Maio

Quando se pede a opinião sobre a ação dos sindicatos, durante esta crise da Covid-19, 45% respondem que os sindicatos têm-se comportado de forma "justa e ponderada". Pelo contrário, os empresários têm nota negativa: mais de 60% dos inquiridos consideram que muitas empresas "estão a aproveitar-se da crise para fechar, despedir ou obrigar trabalhadores a irem para lay-off sem ser necessário". Nem com máscara, nem com distância: 82% contra manifestações no 1.º de Maio
A sondagem feita pela Pitagórica para TSF/JN mostra ainda que 63% concordam que o Estado devia proibir o despedimento de trabalhadores durante o estado de emergência.
A sondagem foi realizada pela Pitagórica para a TSF e o JN, com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com o novo coronavírus. O trabalho de campo decorreu entre os dias 15 e 26 de abril, foram recolhidas 605 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/- 4,07% para um nível de confiança de 95,5%. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 68,75% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa, bem como todos os resultados, foram depositados junto da Entidade Reguladora da Comunicação Social que os disponibilizará para consulta online (TSF)

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