domingo, maio 24, 2020

Turismo mundial: até onde vai destruir o coronavírus um setor pilar da economia?

Numa crise sem precedentes para o setor de turismo, com possíveis cenários a apontar para duras quedas entre os 60% e os 80% nas chegadas internacionais de turistas para este ano, tudo depende da velocidade a que se mantém ou alivia as  contenções, a duração das restrições sobre as viagem e do encerramento de fronteiras. Com os dados estatísticos relacionados com o setor do ao turismo em 2020 ainda sem a total do impacto da pandemia, a análise “Como está a covid-19 a mudar o mundo: uma perspectiva estatística”, lançada recentemente pelo Eurostat, trabalha com os dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) e traça um esboço do futuro que se adivinha. Depois de aumentarem quase ininterruptamente e mais de duplicarem desde 2000, a OMT espera que as chegadas em 2020  venham a diminuir de 60% a 80% em relação a 2019, dependendo fortemente da altura em que as restrições sobre as viagem forem levantadas.
Os dados disponíveis mostram que as chegadas no mês março diminuiu 60% em relação ao mesmo mês em 2019. Muitos dos países significativamente afetados pelos Estados de Emergências, desta crise sanitária, saúde são atores-chave no turismo global e no seu ecossistema enquanto destinos, mercados de origem ou ambos.
Países com o maior número de denúncias de casos de infeção pelo novo coronavírus representam cerca de 55% e 68% da população mundial despesas turísticas de entrada e saída, respetivamente. Os efeitos da crise sobre essas economias espalharam-se para outros países e o impacto será particularmente crítico em territórios que são fortemente dependentes do turismo internacional.
O foco está ainda nos países ou territórios onde as despesas de turismo de entrada representam mais de um quarto do PIB total. Essas economias em desenvolvimento são portanto, mais vulneráveis ao impacto da covid-19, dado que dependem muito do turismo de entrada, especialmente daqueles países que atualmente são mais diretamente afetado pela pandemia (Executive Digest, texto da jornalista Sonia Bexiga)

Sem comentários: