sexta-feira, janeiro 01, 2021

Nota: as vacinas abrem um caminho mas não resolvem tudo imediatamente


Não, desiludam-se, o processo de vacinação será demorado, provavelmente por vários meses.

Ainda não há neste momento, vacinas para todos e de forma rápida. As prioridades estão definidas, profissionais de saúde que estão na primeira linha,  e muito bem bem, utentes e funcionários de lares, população mais vulnerável de acordo com critérios já definidos, etc. Isto significa que a população em geral, que não integra aqueles grupos, demorará meses a ser vacinada. Isto significa que nada muda até que a milagrosa imunização (com pelo menos 70% de vacinados) não se alcance, algo que prevejo nunca antes de Junho ou Julho.

Quer isto dizer que as pessoas não se podem iludir, não podem pensar que basta chegar não sei quantas doses de vacina e que tudo estará resolvido. As cautelas sanitárias devem continuar e reforçadas, o cumprimento das regras éticas e de cidadania não podem ser descuradas e não podem deixar de ser uma obrigação de todos, porque sem a vacinação generalizada o perigo de contágio vai continuar. Acresce que outras vacinas - para além das que pertencem ao fabricante Pfizer - estão ainda na fase de ultimação de testes ou de aprovação. Neste momento não há nada aprovado para além da Pfizer, embora os ingleses tenham aprovado a "sua" vacina, da Oxford-Astrazeneca.

A vacinação é uma esperança neste início de  2021, uma esperança fundada em factos científicos, num enorme esforço de investigação concertada à escala mundial e na confiança dos cidadãos. Mas as vacinação são instrumentos milagrosos, muito menos sem que a elas todos tenham acesso generalizado e rápido. E que os países tenham stocks para qualquer eventualidade, já que ninguém sabe se a vacinação, por si só, resolve o problema, garante a nossa imunização efectiva e neutraliza o maldito vírus causador da pandemia covid19.

Ou seja, numa expressão, não levantem a guarda, continuem com os mesmos cuidados e com confiança agora reforçada. No caso da Madeira sabe-se que a próxima remessa de vacinas da Pfizer - que quantitativamente não resolve todos os problemas da RAM - está agendada para o início de Fevereiro, eventualmente podendo ser antecipada para final de Janeiro. Não há milagres. Trata-se de um processo complexo, demorado, calendarizado, dado que estamos a falar de milhares de milhões de pessoas a serem vacinas (LFM)

Sem comentários: