A grande questão que hoje se
coloca é saber, em caso de reeleição de Marcelo, como vai ser o seu segundo
mandato? A palhaçada do costume, as selfies, os abraços, quando isso voltar a
ser possível (e mesmo assim duvido muito), os fretes ora à direita ora à
esquerda, a almofadinha do Costa e do seu governo? Mesmo que se saiba que MRS
não quer chatices e que tem dificuldade em gerir crises políticas mais
acentuadas e politicamente mais polémicas e mais graves, MRS provavelmente vai
querer limpar a sua imagem, de uma "rainha de Inglaterra" mais
atrevida que a reboque do protagonismo mediático que facilmente consegue,
graças a cumplicidades várias, tudo faz para parecer mais importante e
influente do que realmente é, levando os portugueses a acreditar que afinal há
"rainhas" mais úteis que outras...
Embora seja uma "rainha de Inglaterra", desnecessária para alguns meramente emblemática, para outros que deveria ter poderes reforçados em nome de um semipresidencialismo que preconizam (outros vão mais longe e acham que o presidencialismo resolveria os nossos problemas todos...), a figura do Chefe de Estado não se compadece com a palhaçada da banalização por baixo, com a mediocridade, a aceitação de limitações, mais do que lamentáveis de alguns personagens, uns que concorrem a estas eleições por mera vaidade pessoal, outros por alimentarem ambições futuras, mas que, uns e outros, nem uma junta de freguesia lá na zona onde residem conseguem vencer. Não há espaço, melhor dizendo, não devia haver espaço, para candidaturas sem competência, sem formação, sem habilitações e sem preparação para as exigências de um cargo destes, mesmo que sejam apenas a componente mais folclórica de uma eleição desta natureza. A não ser que seja tudo deliberado e que a ideia seja a de abandalhar tudo e transformar a Chefia do Estado numa mediocridade crescente, sancionada pela vaca sagrada da Constituição. Se a ideia é essa então vamos no bom caminho. Bastam as tais assinaturas e a burocracia - que qualquer empresa de serviços paga para isso facilmente resolve - e fica caminho aberto para a aberração que parece ter espaço numa democracia constitucional como a nossa (LFM)
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