A maioria dos cidadãos dos principais países de férias não quer turistas do Reino Unido, segundo uma pesquisa da YouGov. citada pelo ‘The Independent’. Por exemplo, no caso do país favorito do Reino Unido para fazer férias, a Espanha, 61% dos espanhóis admitiu que não querem turistas britânicos, o que compara com 46% sobre turistas oriundos de outros países europeus. A segunda nação mais popular para viajantes britânicos, a França, é quase tão antagónica com 55% dos entrevistados insatisfeitos ao ver turistas no Reino Unido, sendo que a média para outras nacionalidades europeias é de 38%. Em Itália, porém, apenas 44% dos habitantes locais são contra visitantes britânicos, 10% acima da média para outros viajantes da Europa. Esta pesquisa mostra ainda que as únicas nacionalidades “menos populares” que os britânicos são os americanos e os chineses.
E o Algarve de braços abertos…
Enquanto os pares europeus ponderam se querem, ou não, os turistas britânicos nos seus territórios este verão, Portugal, e particularmente as terras algarvias, estão de braços abertos para os receber e, assim, tentar salvar parte da faturação do turismo que tanto deles depende.
Diante da ausência dos britânicos e da recente decisão do governo britânico exigindo a quarentena de 14 dias a quem viaja de Portugal, o turismo algarvio já está à procura de alternativas, numa ‘árdua’ tarefa já que o mercado britânico representa um terço das dormidas na região e quase metade dos passageiros desembarcados no Aeroporto de Faro.
Esperando ainda que o Governo britânico reverta a sua posição, o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), em declarações à Lusa, afirmou que “não tenhamos ilusões, porque um mercado que representa um terço dos mercados externos não tem uma solução rápida para colmatar esta lacuna”. João Fernandes destacou ainda que “quase metade (49%)” do desembarque dos quatro milhões e meio de passageiros no Aeroporto de Faro “são do Reino Unido” e, em termos em dormidas, “representam um terço (33%)” do total das dormidas do mercado externo, com seis milhões de dormidas em hotelaria classificada. O responsável ressalvou ainda que há “100 mil camas de alojamento local” bem como “cerca de 200 mil segundas residências que não entram nos cálculos do Instituto Nacional de Estatística” (Executive Digest, texto da jornalista Sonia Bexiga)
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