Há menos indecisos em relação a abril. PS - 32,4%, PSD - 24,8%, BE- 12,9%, CDU - 7,1%, CDS - 6,7%, PAN - 3,3%,
PDR - 2,1%. Aliança e Basta em risco de não elegerem eurodeputados. Pedro Marques
ganhou vantagem em relação a Paulo Rangel quando se comparam os resultados de
maio com os de abril, mas as intenções de voto não permitem ainda apagar a
classificação de "poucochinho", com que António Costa classificou o
resultado de 31,4% de António José Seguro, então líder socialista, nas
Europeias de 2014. Nas projeções desta sondagem, depois de tratada a
abstenção e distribuídos os indecisos, o PS regista 32,4% acima dos 30,3% que
recolhia em abril e a possibilidade de eleger entre sete a oito eurodeputados
(o mesmo número que elegeu em 2014). O PSD desliza 4 pontos percentuais, para 24,8% quando,
em abril, tinha 28,7%, o que implicaria eleger seis ou sete deputados para o
Parlamento Europeu.
Em terceiro lugar mantém-se Marisa Matias que reforça
ligeiramente as intenções de voto, está agora à beira dos treze por cento
(12,9%) o que pode implicar 2 a 3 mandatos.
Os responsáveis pela sondagem fazem questão de
lembrar que CDU e CDS têm "histórico difícil com as sondagens" porque
quem vota nestes partidos, não gosta, normalmente, de o declarar por telefone.
Ou seja, é a essa luz que devem ser lidos as intenções
de voto expressas nesta sondagem: 7,1% para João Ferreira da CDU (1 mandato) e
6,7% para Nuno Melo do CDS (1 mandato).
Entre os chamados pequenos partidos, o PAN surge
como o mais provável para eleger um eurodeputado, recolhe 3,3% de intenções de
voto. Marinho e Pinto do PDR regista 2,1% (entre zero a um mandato); enquanto
nem Paulo Sande da Aliança (1,2%), nem André Ventura da coligação Basta (1%)
parecem cruzar o patamar de Bruxelas.
Eleitorado jovem e do BE mais indeciso
Se em abril, mais de um quarto dos inquiridos (26%)
declarava-se indeciso, a percentagem cai para os 15% nesta última semana de
campanha. Os indecisos são sobretudos os jovens (abaixo de 34
anos) e entre os eleitores do Bloco de Esquerda 20% ainda estão com dúvidas.
Numa análise das intenções de voto em cada
candidato, tendo em conta a preferência partidária dos vários eleitores,
constata-se, por exemplo, que Marisa Matias reúne apoio em 12% do eleitorado
socialista; Francisco Guerreiro do PAN recolhe votos junto de quem diz votar no
Bloco e, talvez mais surpreendente, Paulo Sande da Aliança é mais popular junto
do eleitorado bloquista do que junto de quem vota PSD e CDS. No sumário executivo desta sondagem sublinha-se que
"uma sondagem é uma fotografia de um momento e não a previsão de um
acontecimento" e que é exatamente nas Europeias que as previsões esbarram
na Abstenção. A ida às urnas será determinante, por exemplo, para
os resultados projetados para o PAN e o Bloco de Esquerda.
Ficha Técnica
A Sondagem foi realizada pela Pitagórica para o a
TSF e o JN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas
relacionados com Eleições Europeias. O trabalho de campo decorreu entre os dias
10 e 19 de maio, foram recolhidas 605 entrevistas telefónicas a que corresponde
uma margem de erro máxima de +/-4,07% para um nível de confiança de 95,5%. A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de
eleitores Portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género,
idade e região. A Taxa de resposta foi de 64,12% e a direção técnica do estudo é
da responsabilidade de Rita Marques da Silva. A ficha técnica completa pode ser consultada online
na Entidade Reguladora da Comunicação Social (TSF)
Sem comentários:
Enviar um comentário