O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou um novo aumento de
95% do salário mínimo, que passa a ser de 2.555.500 bolívares (30,66 euros à
taxa de câmbio oficial Dicom). O anúncio foi feito durante uma cerimónia em
Caracas e transmitido pela televisão estatal. O novo valor do salário mínimo integral (com todos os subsídios
incluídos) deverá ser pago com retroatividade a partir de 15 de abril, estando
composto por 1.000.000 de bolívares (12 euros), e 1.555.500 bolívares (18,66
euros) em subsídio de alimentação. Por outro lado, Maduro anunciou que os reformados e aposentados vão
passar a receber uma pensão mensal de 1.400.000 bolívares (16,79 euros), que
equivalem ao salário mínimo (sem subsídios), acompanhador por um "abono de
guerra económica" de 400.000 bolívares.
Na Venezuela, os trabalhadores precisam de mais de 2.000.000 de
bolívares (23,99 euros) para comprar um quilograma de carne de vaca, segundo os
preços em vigor no último domingo. Por outro lado, precisam de 1.900.000 bolívares (22,79 euros) para
comprar meio quilograma de café e 800 mil bolívares (9,59 euros) para adquirir
um litro de óleo vegetal e 500 mil bolívares (5,99 euros) por um litro de leite
magro de longa duração.
Um quilograma de arroz custa 380.000 bolívares (4,55 euros) e meio
quilograma de massa 450 mil bolívares (5,39 euros). Este ano, é o terceiro aumento do salário mínimo dos venezuelanos. A de 1 de janeiro o chefe de Estado decretou um aumento de 40% e a 1 de
março a subida foi de 64%.
Em 2017, o Presidente aumentou o salário mínimo em sete ocasiões, o que
significou um acréscimo total de 250% face a 2016. Com frequência a população queixa-se dos altos preços dos produtos
alimentares e dos medicamentos, e de que tem que acudir ao mercado negro e à compra
de bens importados para cumprir com os requisitos mínimos de que necessitam (Lusa)
Sem comentários:
Enviar um comentário