Lisboa é intrigante. Não há esquina no centro da
cidade que não tenha obras de recuperação de imóveis degradados que há pouco
tempo estavam a cair de pôdres. A recuperação urbanística para além de
mobilizar mão de obra e garantir investimento privado, permite que a cidade vá
construindo uma outra cara. Faz-me uma confusão porque razão não se consegue o
mesmo, obviamente na proporção respectiva, no Funchal, onde a aposta no
incremento e no apoio à recuperação urbana seria sem dúvida um investimento
contra o qual ninguém estaria. O problema é que sem incentivos os privados não
arriscam. E empresários porventura interessados em investir - como acontece em
Lisboa - colocam-se de lado porque não são estimulados ou apoiados. Que tal se
alguém com poder de decisão pudesse pensar um pouco sobre isto? Aliás, basta
percorrer Lisboa, à medida que as obras vão ficando concluídas, depois do caos
no trânsito que elas provocaram durante meses, para percebermos que ns próximas
eleições autárquicas alguém vai ser enxovalhado. Talvez seja a única forma de
desaparecer para se dedicar ao lobbing manhoso onde andou durante anos, antes
de tomar um certo partido de assalto para depois chegar ao poder.
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