Quando vejo os
tribunais perderem tempo - sem ofensa - com situações absolutamente absurdas,
na ânsia de procura de um "caso", só porque um dos
visados é um conhecido empresário madeirense (sou suspeito porque sou amigo
dele e tenho grande respeito pela pessoa em questão); quando de uma forma tendenciosa
se julgam na praça pública pessoas que depois a justiça, a quem compete sempre
a última palavra, inocenta, sem que ninguém as possa ressarcir dos juízos de
valor e dos julgamentos populares feitos antes do veredito do tribunal,
interrogo-me sobre tudo isto, a lógica
destes procedimentos coletivistas.
Não me interrogo
só porque é o José Avelino Farinha, em quem acredito, que repetidamente se
declarou inocente. Interrogo-me porque não sei o que andaram a fazer as
autoridades tributárias ou mesmo o zeloso sobre as transferências de 10 mil
milhões de euros para offshores. Tudo legal ou muita coisa pela porta do
cavalo. Sobre isso nada. Foi preciso um jornal denunciar uma marosca que tinha
sido muito bem escondida pelo anterior governo do pudico Passos e do CDS. A
opinião pública que é ajuste de contas ao estilo dos tribunais populares de
outros tempos felizmente apenas e só recordações de uma espécie de Inquisição
recauchutada. E se o visado é o José Avelino Farinha, esse empresário
"demoníaco" - pouco importa que ele empregue 500 ou 600 pessoas ou
tenha investimentos concluídos ou em curso de mais de 300 milhões de euros. O
importante é mobilizar meio mundo para julgar uma alegada fuga ao IRC de 88 mil
euros que o Tribunal de Instância Central do Funchal rejeitou, absolvendo hoje
o empresário José Avelino Farinha de um pretenso crime de fraude fiscal. O MP
fez as contas e concluiu que o IRC que deveria ter sido pago totalizava 88.110
euros. Pronto está explicado. Mas se os "julgadores" do empresário
madeirense são os mesmos que assobiam para o lado quando eles próprios fazem os
seus "truques" com o IRS ou se estão nas tintas para a falcatrua dos
10 mil milhões colocados em offshores ao mesmo tempo que o referido governo de
Passos e do CDS roubam nos salários, nas pensões, nas reformas no estado
social, etc, etc, então o melhor é dar a tudo isto o valor que realmente tem.
Zero! (LFM)
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