quarta-feira, agosto 24, 2016

Notícia: Sectores social-democratas da Madeira ponderam candidaturas "independentes" nalguns concelhos e freguesias?

Embora sem confirmação junto de uma fonte que possa considerar credível, foi-me garantido esta semana, por mensagem de email e SMS, que alguns militantes social-democratas estarão em vias de iniciar o processo de preparação de uma eventual candidatura a alguns concelhos e freguesias da RAM, como "independentes", já nas eleições autárquicas de 2017.
Segundo me confidenciaram, tais militantes, que se queixam de terem sido marginalizados desde a saída de AJJ e de continuarem a ser olhados com "desconfiança" pela actual direcção regional dos social-democratas e pelas estruturas partidárias nas freguesias e concelhos, terão já seleccionado dois partidos políticos sem representação parlamentar regional com os quais pretenderão manter contactos discretos, depois das férias de Verão. Há mesmo quem pretenda alargar esse movimento a militantes do PS e do CDS que se considerem também desaproveitados e marginalizados, segundo eles.

No caso do PSD-M, e apesar das diligências efectuadas, não consegui apurar se neste grupo de descontentes - o que provavelmente acontecerá - estarão militantes que terão sido candidatos em 2013 a vários órgãos autárquicos e que perderam as eleições. Recentemente foi publicamente noticiado no DN do Funchal,  claramente com origem na direcção do PSD regional, que os militantes social-democratas que em 2013 foram candidatos autárquicos e perderam, não voltarão a ser candidatos, posição que não terá sido pacificamente aceite junto de alguns sectores do partido que se consideram vítimas do ambiente político que já se registava na RAM e que penalizava o  PSD, que entrou eleitoralmente em queda livre depois das regionais de 2011.
Uma das curiosidades das mensagens que me foram enviadas tem a ver com a garantia de recusa de Rubina Leal em ser a candidata do PSD à edilidade funchalense ("está muito renitente e receia o impacto de uma derrota caso o PSD não seja devidamente mobilizado"), o que não deixa de ser estranho. No caso do Funchal os mentores deste movimento admitem mesmo que alguns militantes social-democratas possam incluir uma candidatura de independentes com cidadãos politicamente conotados com partidos que não o PSD, PS ou CDS.
Curioso também que os "descontentes" consideram que esta atitude não tem nada conta Miguel Albuquerque, mas sim contra alguns indivíduos não identificados que fazem parte de "segundas linhas" e que rodeiam e manietam o espaço de decisão do líder. Curioso.
O processo, em todo semelhante ao que já foi anunciado para o Porto,  implicará o desvincular de todos esses militantes do PSD-Madeira, evitando deste modo, e nos termos, estatutários a sua expulsão.
A justificação (?) para este desfecho - que é visto como uma hipótese a ser ponderada e discutida pelos envolvidos - em relação ao qual não há nenhuma decisão tomada, tem a ver com o facto das eleições autárquicas de 2013 terem corrido bem para várias candidaturas de cidadãos e porque os protagonistas se acham marginalizados nas suas freguesias e concelhos, por alegadamente serem considerados "jardinistas" ou terem desempenhado cargos autárquicos e outros durante os anos da liderança de Alberto João  Jardim, o que a se confirmar não deixa de constituir um absurdo absolutamente patético.
Veremos como vai evoluir este assunto e se se confirmará esta intenção, ou não, até porque acredito que alguém será capaz de travar tais intentos em nome da dignificação da política e dos partidos.
Task-force
Finalmente direi que uma fonte que prezo e que está muito próxima de Miguel  Albuquerque, e que contactei, negou conhecer qualquer movimentação nesse sentido mas admite que existem alguns militantes insatisfeitos e que se afastaram do partido. Também acha que este processo, dada a realidade autárquica regional depois de 2013, deve ser liderado directamente pelo Presidente do PSD regional e que o mesmo deve constituir uma pequena "task force" para trabalhar ao seu lado no levantamento da realidade política, social e económica em cada concelho e freguesia da RAM, antes de começarem a ser anunciados candidatos. Curioso que essa fonte apesar de entender que o PSD deve apostar na vitória em todos os concelhos, não exclui que em situações de força maior - que não me identificou - os social-democratas possa admitir o recurso a uma coligação pré-eleitoral. O mesmo dirigente social-democrata acha que nalguns concelhos e nalgumas freguesias as movimentações já estão em curso e que há mesmo grupos organizados que procuram com antecedência marcar terreno e "impor" ao Funchal os seus candidatos, os quais podem não ser os mais recomendáveis em termos eleitorais.
Os partidos grandes, diz essa fonte, "continuam a ter uma enorme dificuldade que os prejudica. Uma coisa são os nomes de candidatos que podem ser pacíficos dentro das paredes desses partidos ou entre os militantes mais ferrenhos, outra coisa são os sentimentos entre os eleitores, as suas opiniões, o que eles acham que melhor serve a sua freguesia e concelho". Isto promete! (LFM)

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