quarta-feira, março 16, 2016

Opinião: a sobretaxa IRS que provavelmente safou os deputados do PSD-Madeira de nova bronca

Estou convencido que se o governo socialista em Lisboa, e os seus apoiantes da esquerda, tivessem aceite que  o Estado deixe de continuar a ficar com a receita da sobretaxa de IRS cobrada na Madeira e nos Açores em 2016 optando por disponibilizá-la às respectivas regiões, que provavelmente estaríamos hoje perante um novo "caso" político. E isto porquê? Porque os deputados do PSD da Madeira na Assembleia da República dificilmente teriam argumentos e condições para votar contra o OE-2016.
E mais do que isso dificilmente poderiam explicar aos eleitores madeirenses porque razão votaram ao lado e da mesma forma de quem não votou uma vez que fosse a favor de propostas que os referidos deputados apresentaram em defesa dos interesses das Madeira, como foi o caso do PSD nacional e por imposição de Passos Coelho e da corja que tomou de assalto o partido em 2011. Lembram-se do que se passou com a abstenção na votação do rectificativo destinado a resolver (?) o Banif? Um escândalo bancário que o governo anterior de Passos e do CDS de Portas conhecia, mas que deliberadamente escondeu por causa das eleições e empurrou com a barriga para o governo que sucedesse ao 4 de Outubro.
No caso do OE-2016 estamos a falar de uma verba da ordem dos 10 milhões de euros, no caso da Madeira, que em 2016 deve ser inferior devido à redução percentual da referida taxa extraordinária cobrada  aos contribuintes.
Não entendo como é que o PS não pensou nisso, tal como não percebo como é que os espertalhões dos seus aliados à esquerda não tenham aproveitado essa situação para gerarem um novo caso político que obviamente enfureceria  Passos. O que aconteceu hoje? Os deputados do PSD-M votaram contra o OE-2016, apesar de terem feito algumas conquistas na especialidade anunciando o PSD-Madeira que vai recorrer aos Tribunais quando há decisões e jurisprudência anterior que provavelmente condena ao fracasso esta iniciativa que podia e devia ter sido resolvida politicamente no quadro do OE-2016. Uma proposta da deputada Rubina Berardo apenas teve o apoio do Bloco, tendo sido rejeitada por PS e PCP e merecido a abstenção do PSD e do  CDS. Aliás, há que lembrar, foi a corja de Passos - no tempo do asqueroso Vítor Gaspar - e do governo de Passos e do CDS de Portas que recusaram entregar às regiões essas verbas que este ano foram uma vez mais reclamadas (LFM)

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