terça-feira, junho 30, 2015

Justiça: Carlos Alexandre vai dividir protagonismo com juiz madeirense Ivo Batista Rosa



Depois de vários meses a funcionar com um juiz efetivo e um auxiliar, o Tribunal Central de Investigação Criminal já tem um segundo juiz titular. Ivo Batista Rosa, um madeirense de 48 anos, é o juiz que vai dividir com o mediático Carlos Alexandre a decisão sobre os casos que chegam ao Tribunal Central de Investigação Criminal de Lisboa. A "promoção" é confirmada pela mais recente lista do projeto de movimentos de magistrados, disponível na página oficial do Conselho Superior de Magistratura. Nos últimos anos, Carlos Alexandre esteve sozinho nessa função, tendo-lhe passado pelas mãos todos os processos de criminalidade complexa, desde o Caso Monte Branco à Operação Marquês, que resultou na prisão de José Sócrates. Em agosto de 2014, depois de um movimento de magistrados com 182 candidatos, soube-se que Edgar Taborda Lopes seria o segundo juiz efetivo do TCIC, funções que nunca chegou a exercer. O magistrado encontrava-se a terminar a sua comissão de serviço no Centro de Estudos Judiciários razão pela qual o cargo foi ocupado, interinamente, pelo juiz auxiliar João Filipe Bártolo. 
A comissão de serviço de Edgar Taborda Lopes terminou, de facto, em janeiro de 2015, mas foi renovada por mais três anos, por despacho do diretor do CEJ. Mas entretanto, Edgar Taborda Lopes também aproveitou para concorrer a outro lugar de base e transitará para o Tribunal da Relação de Lisboa. Neste contexto, o cargo do TCIC ficou oficialmente vago e foi a concurso. É assim que Ivo Batista Rosa, que já havia passado por aquele tribunal há uma década, regressa ao Ticão, como também é conhecido. A posse acontecerá depois das férias judiciais, em setembro. Ivo Batista Rosa ficou conhecido pela sua passagem por Timor, que não terminou da melhor maneira. A forma como afrontou os poderes instalados naquela ex-colónia levou a que acabasse afastado do Tribunal de Recurso (uma espécie de Tribunal Constituicional), decisão que foi posteriormente contestada e declarada ilegal. Antes de regressar a Portugal - foi colocado na 1ª Secção Criminal da Instância Central de Lisboa -, o juiz madeirense, oriundo de Santana, ainda passou pelo Mecanismo Residual Internacional de Tribunais Penais” (texto da jornalista da Visão, Sónia Sapage)

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