Escreve o Sol que "a Organização Internacional do Trabalho (OIT) salientou hoje a
deterioração das condições de trabalho na União Europeia que levaram a
que um milhão de pessoas tenham perdido o emprego nos últimos seis
meses. Depois do ritmo em que vinha aumentando o desemprego ter
abrandado no período 2010-2011, a perca de postos de trabalho voltou a
disparar “ e não há sinais de melhoria”, indica a organização que
realiza hoje em Oslo a sua 90ª reunião regional europeia. “Agora
há mais 10 milhões de desempregados relativamente ao inicio da crise em
2007, e os jovens e trabalhadores menos qualificados são os mais
atingidos”, refere a Organização Internacional do Trabalho ao publicas
os dados mais recentes da situação do emprego na Europa. A
tendência negativa coincide com a aplicação de medidas de rigor
orçamental nos países mais atingidos pelos efeitos da crise económica na
Europa. Apenas cinco países – Áustria, Alemanha, Hungria,
Luxemburgo e Malta – dos 27 que integram o espaço comunitário europeu
registam taxas de emprego acima dos níveis anteriores à crise. Por outro lado, a Grécia, Chipre, Espanha e Portugal viram cair em mais de 3 % as suas taxas de emprego nos últimos anos. Segundo
a Organização Internacional do Trabalho, o desemprego a longo prazo
está a converter-se num problema estrutural para muitos países europeus e
em 19 deles, mais de 40 % das pessoas sem trabalho são considerados
desempregados de longa duração o que traduz estarem fora do mercado de
trabalho mais de um ano, situação que aumenta consideravelmente a
possibilidade de convulsões sociais. Perante 26 milhões de
desempregados na União Europeia, a Organização Internacional do Trabalho
insiste na urgência de mudanças nas políticas de austeridade actuais
por medidas focadas na criação do emprego. Entre as propostas está
a solução de problemas no sector financeiro que limitam o acesso ao
crédito às pequenas e médias empresas".